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Rapaz chinês vende um rim para ter iPad e iPhone

Cirurgião e outros 4 respondem a processo

DE SÃO PAULO

Cinco pessoas estão sendo processadas em uma província no sul da China por haver comprado um rim de um adolescente que vendeu o órgão para poder comprar um iPhone e um iPad.

O negócio foi descoberto, segundo a agência estatal chinesa Xinhua, porque a mãe do rapaz perguntou a ele a origem do dinheiro para adquirir os equipamentos da Apple, populares no país.

O adolescente -identificado na reportagem pelo sobrenome, Wang- agora sofre de insuficiência renal, e suas condições de saúde estão se deteriorando.

Wang vendeu o rim pelo equivalente a US$ 3.500 (R$ 6.387), enquanto o cirurgião, que está entre os cinco processados por dano intencional, recebeu US$ 35 mil. A operação aconteceu em abril do ano passado.

Na China, onde há gigantescas fábricas de produtos Apple, o iPhone mais barato custa o equivalente a R$ 1.155, e um iPad, R$ 865.

Wang foi aliciado na internet, quando participava de um chat. O rapaz é da província de Anhui, uma das mais pobres da China, exportadora de mão de obra barata para outras regiões.

FILA DO TRANSPLANTE

Na China, 1,5 milhão de pessoas está na fila à espera de um transplante, segundo o Ministério da Saúde.

Apenas 10 mil cirurgias do tipo, porém, são realizadas anualmente, e a enorme demanda insatisfeita impulsiona um movimentado mercado ilegal de órgãos, relata a agência oficial.

Em 2007, o governo chinês aprovou as primeiras regulamentações para transplantes e baniu a venda de órgãos.

O governo agora tem incentivado a doação voluntária de órgãos -estima-se que 65% dos utilizados em transplantes venham de prisioneiros executados.

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