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Colombiano abandona a disputa pela presidência do Banco Mundial

José Antonio Ocampo diz lamentar que escolha seja 'totalmente política'

CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

O economista José Antonio Ocampo, ex-ministro das Finanças da Colômbia, renunciou ontem à disputa pela presidência do Bird (Banco Mundial), que será decidida na próxima semana.

O campo deu apoio à candidata da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, "para que possa haver um só nome dos países em desenvolvimento", mas admitiu à Folha que o indicado dos EUA, Jim Yong-kim deverá ser o escolhido.

Os EUA detêm a presidência do Bird desde sua fundação, em 1945.

Ex-secretário executivo da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina) e professor da Universidade Columbia, Ocampo lamentou que a escolha tenha se tornado "totalmente política".

"Entrei na disputa com base em regras novas que foram anunciadas e que não serão cumpridas. Estava na expectativa de que fosse um processo baseado em mérito, e não em votos", disse.

Os EUA e demais países desenvolvidos têm a maioria dos votos no diretório executivo do Bird, que escolherá o substituto de Robert Zoellick. O diretório tem 25 integrantes com pesos diferentes, de acordo com o número de ações do banco que o país ou o grupo de países que representam detêm.

Ocampo teve o apoio de associações de economistas de todo o mundo e de organizações da sociedade civil na América Latina, mas um fator decisivo para sua renúncia foi a falta de endosso do governo da Colômbia.

A explicação oficial foi a de que engajar-se na disputa poderia enfraquecer a candidatura do vice-presidente do país, Angelino Garzón, à direção da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ocampo tampouco teve o apoio oficial do governo brasileiro, que até ontem à tarde dizia buscar um nome de consenso entre os Brics.

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