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Jovens espanhóis voltam a morar com seus pais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MADRI

Voltar para a casa dos pais, trabalhar mais por menos, ir morar fora e vender herança e bens são algumas das estratégias adotadas por espanhóis que ficaram desempregados desde o início da crise.

"O que nos preocupa é não saber se daqui a pouco teremos contratos de trabalho e salários dignos, se nossas empresas continuarão a funcionar pela subida de impostos", disse o administrador Mario Velázquez, 56, desempregado há dois anos.

"O que fazemos hoje é trabalhar todos os dias o dia inteiro, e mantemos só um funcionário", contou o empresário Leopoldo Cavanillas, 28, dono de um bar.

Entre os jovens, uns voltam para a casa dos pais, outros investem nos estudos e um terceiro grupo aceita salários mais baixos.

"Não tenho nenhum amigo que ganhe mais de € 1.000 (cerca de R$ 2.500) ao mês", afirmou o publicitário Jaime Sacristan, 25, que trabalha em uma empresa de comunicação por € 900 mensais.

Nem isso conseguiu até agora a psicóloga Elena Dominguez, 29, que terminou um curso de doutorado há um ano e, sem trabalho, voltou a morar com os pais.

"Muitos espanhóis haviam deixado de estudar porque tinham dinheiro. Com a crise, foram mais afetados que os universitários, e voltaram a estudar", disse o sociólogo Luis Medina, da UNED (Universidade de Ensino à Distância da Espanha), que diz que a taxa de 52% de jovens desempregados está exagerada.

"Essa taxa não é real porque só leva em conta os jovens registrados que buscam emprego", disse.

Para ele, entre os jovens da população economicamente ativa, porcentagem menor está de fato desempregada.

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