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Eritreia é o país que mais censura imprensa, diz estudo

Governo tem controle de toda a mídia local; Coreia do Norte aparece em segundo lugar

DE SÃO PAULO

A Eritreia é o país em que a imprensa mais sofre com a censura, de acordo com levantamento realizado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

O país localizado na região do chifre da África (ao lado de Sudão e Etiópia) superou a Coreia do Norte, que aparecia como o local que mais controlava a mídia na versão anterior do estudo, de 2006.

Na Eritreia, toda a mídia local é controlada pelo governo e jornalistas estrangeiros não recebem autorização para entrar no país.

"Toda a vez [que um jornalista] tem de escrever uma reportagem, eles [o Ministério da Informação] providenciam os entrevistados e dizem os ângulos específicos que você tem de escrever", disse ao CPJ um jornalista eritreu que vive fora do país e que pediu para não ter o nome divulgado por temer represália.

Os norte-coreanos agora estão em segundo lugar, com algumas raras aberturas, como a autorização para que a agência de notícias Associated Press pudesse abrir em janeiro seu escritório no país -porém a agência não tem acesso a conexão própria de internet, por exemplo.

A única mudança entre os países que compõem a lista dos dez que mais praticam a censura (em relação a 2006) foi a entrada da Arábia Saudita e do Irã.

Líbia e Turcomenistão deixaram os dez primeiros, mas o segundo continua a ser citado como um país de forte repressão à imprensa, assim como a China. Síria, Guiné Equatorial, Uzbequistão, Mianmar, Cuba e Belarus são os demais países que integram a lista, que não inclui o Brasil.

O estudo leva em conta fatores como bloqueio de sites, falta de grupos de comunicação privados ou independentes, monitoramento de jornalistas e veto à entrada de correspondentes estrangeiros.

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