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Premiê israelense antecipa eleições no país

Binyamin Netanyahu, com popularidade em alta, busca bancada mais forte no Parlamento

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, confirmou ontem que pretende antecipar as eleições para dentro de quatro meses, um ano antes do fim de seu mandato. Ele não especificou uma data, mas a estimativa é que o pleito ocorra em 4 de setembro.

Com popularidade em alta e sem oposição que o ameace, o premiê aposta na nova eleição para continuar na liderança do governo com bancada mais forte no Parlamento.

O anúncio foi feito na conferência de seu seu partido, o direitista Likud, em que Netanyahu fez discurso com indisfarçável tom de campanha. "O Estado de Israel não pode se permitir um primeiro-ministro desprovido de experiência política, econômica e em segurança", disse.

Foi uma alfinetada nos rivais do Likud, direcionada principalmente à candidata do Partido Trabalhista, Shelly Yechimovich, uma ex-jornalista que ocupa o segundo lugar nas pesquisas.

Eleições antecipadas são comuns em Israel, que em 64 anos terá seu 19º Parlamento. Mas a decisão de Netanyahu neste momento intriga os analistas, já que ele conta com uma coalizão estável e a oposição é fraca.

A razão mais apontada é doméstica: uma controvertida lei que isenta milhares de judeus ultraortodoxos do serviço militar obrigatório expira em agosto e criou um racha entre partidos seculares e religiosos da coalizão.

Alguns comentaristas dizem que Netanyahu busca garantir a permanência do Likud no poder antes da eleição nos EUA, em novembro, blindando-se contra pressões de um possível segundo mandato de Barack Obama.

Além disso, o premiê estaria tentando pegar seus adversários despreparados.

Segundo pesquisa divulgada há poucos dias, se as eleições fossem hoje, o Likud conquistaria 30 das 120 cadeiras do Parlamento, bem à frente dos trabalhistas, com 17. Em terceiro aparece o partido ultranacionalista Israel Beitenu, com 14.

Especula-se que um novo governo liderado por Netanyahu poderá ser mais moderado, tendo partidos centristas no lugar dos religiosos.

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