Líderes do G8 prometem ações pelo crescimento

Os líderes dos países do G8 e representantes da União Europeia reafirmaram ontem que tomarão "as ações necessárias para revigorar a economia", prometendo simultaneamente investimento, crescimento e ajustes fiscais.

Mas a reunião de dois dias em Camp David, casa de campo do presidente dos EUA, foi esvaziada pela proximidade do encontro do hoje mais relevante G20, em junho no México.

No comunicado final, os líderes de EUA, Alemanha, França, Japão, Canadá, Reino Unido e Rússia (representada por seu número 2, Dmitri Medvedev) defendem que a Grécia fique no euro, contanto que "respeite compromissos".

O texto ganhou um tom bipolar que reflete os obstáculos do grupo. De um lado, pede reformas que ampliem produtividade e demanda, insistência do americano Barack Obama.

De outro, ecoa a voz europeia (sobretudo alemã) ao insistir na responsabilidade fiscal e nas políticas de consolidação. "Estamos comprometidos a tomar todas as medidas necessárias para revigorar nossas economias, admitindo que as 'medidas certas' não são as mesmas para todos."

No encontro, de tom menos formal devido ao cenário, o G8 também debateu programa nuclear do Irã (mantendo o apoio a sanções paralelas às tratativas diplomáticas), Síria e transição afegã. Os temas de segurança serão retomados pelo grupo hoje, na cúpula da Otan em Chicago.