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Greve na Argentina impede saques em caixas automáticos

Paralisação foi convocada por sindicato de caminhoneiros, às vésperas do Dia dos Pais

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Às vésperas do Dia dos Pais local, os argentinos tiveram dificuldades para sacar dinheiro dos caixas eletrônicos, como resultado de uma greve de 24 horas convocada por Hugo Moyano, líder do sindicato dos caminhoneiros, que controla também o transporte de dinheiro na Argentina.

Eles pedem 30% de aumento e decidiram parar depois que lhes foi proposto reajuste de 18%, em três etapas.

As interrupções começaram na semana passada e são um "alerta pré-greve", como definiram suas lideranças.

Moyano, hoje em atrito com a presidente Cristina Kirchner, está também em campanha para sua reeleição como líder da CGT (Confederação Geral do Trabalho).

Os Moyano, Hugo e os filhos, Pablo (também líder sindical) e Facundo (deputado), têm combatido o kirchnerismo de maneira frontal.

"Há uma política do governo de ignorar tudo o que diz respeito aos caminhoneiros. Não vamos aceitar essa proposta vergonhosa de reajuste", disse Pablo, a uma rádio.

Ontem, o secretário-adjunto do sindicato, Marcelo Aparício, acrescentou que a greve era "inicialmente" de 24 horas, mas que poderia estender-se por mais um dia.

"Continuaremos fazendo as paradas de surpresa e não descartamos interromper outras atividades", disse.

Os caminhoneiros do grêmio também controlam o transporte de combustível, jornais e outros produtos.

Por volta do meio-dia, havia filas de tamanho médio em agências da avenida Santa Fé (centro). Impedidas de tirar dinheiro dos caixas, as pessoas se dirigiam ao balcão de atendimento.

O protesto se insere num clima de escalada de insatisfação social com relação ao governo Cristina.

Nas últimas três semanas, houve "panelaços" em Buenos Aires. Os protestos são convocados via redes sociais e têm reunido entre 2.500 e 5.000 pessoas e terminam em frente à Casa Rosada.

Também os líderes ruralistas pararam por uma semana para reclamar do alto valor de impostos do governo federal sobre as províncias.

PIB

Ontem, o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, sob intervenção do governo) anunciou um aumento do PIB argentino de 5,2% no primeiro trimestre de 2012. Trata-se de um crescimento acima do projetado por consultorias privadas, que previam de 3,5% a 4%.

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