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Judiciário declara premiê do Paquistão inapto para cargo

Para Suprema Corte, Raza Gilani tem de sair já; decisão é do Parlamento, dizem aliados

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Suprema Corte do Paquistão declarou o premiê do país, Yusuf Raza Gilani, inapto para a função por se recusar a cumprir ordens do tribunal. É a primeira vez que a corte do país condena um premiê no exercício do cargo.

A decisão gerou dúvidas sobre a permanência imediata de Gilani na chefia do governo. Para o presidente da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, que anunciou a condenação, ele "deixa de ser premiê e o cargo fica vago".

Mas assessores de Gilani, assim como analistas, argumentam que o Judiciário não pode afastá-lo da função -segundo eles, essa medida cabe ao Parlamento, no qual o PPP, partido do premiê, dispõe hoje de ampla maioria.

Segundo a televisão estatal paquistanesa, horas após a decisão judicial, a Comissão Eleitoral do país notificou Gilani.

O comitê executivo do PPP disse que vai discutir o caso com advogados para definir o que fazer. Entre as possibilidades está a escolha pelo partido de um novo premiê, que ficaria no cargo até o início de 2013, quando estão previstas novas eleições gerais.

Em 2009, a Suprema Corte anulou anistia a acusados de corrupção e ordenou a reabertura de processo contra o presidente do Paquistão, Asif Zardari, acusado de lavagem de dinheiro. Gilani se recusou a obedecer à ordem da corte e solicitar a bancos suíços dados sobre Zardari.

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