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Pela 1ª vez, premiê admite pedir pacote de ajuda para a Espanha

Rajoy diz, porém, que BC Europeu precisa deixar claros seus planos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse ontem que só vai considerar pedir ajuda financeira para a Espanha se o BCE (Banco Central Europeu) deixar claro quais são os seus planos para a compra dos títulos da dívida dos países em crise.

Embora Rajoy tenha ressaltado que ainda não decidiu sobre um pedido de resgate, foi o mais próximo que o premiê chegou de admitir que seu país vai precisar de socorro financeiro -nos moldes do obtido por Irlanda, Grécia, Portugal e Chipre- depois de meses negando a hipótese.

"Farei, como sempre faço, o que acho que convém ao interesse dos espanhóis", afirmou Rajoy ontem. "Quero saber quais são as 'medidas não convencionais' que o BCE cogita adotar. Não sabemos o que está sendo proposto."

Era uma resposta às declarações feitas anteontem pelo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, de que a instituição só retomará as compras dos títulos da dívida depois que os governos dos países em crise pedirem ajuda e se comprometerem com condições rigorosas.

Quarta maior economia da zona do euro, a Espanha quer evitar um resgate que obrigue a ainda mais cortes de gastos e aumentos de impostos -a gestão do conservador Rajoy já impõe, em meio a constantes protestos no país, medidas de austeridade que visam economizar € 65 bilhões.

Recentemente, o setor bancário espanhol, às voltas com créditos duvidosos e fuga de depósitos, obteve da União Europeia um programa de ajuda de até € 100 bilhões. O país enfrenta sua segunda recessão em três anos, com desemprego próximo de 25%.

Ontem, o governo submeteu à Comissão Europeia documento em que detalha o quanto pretende poupar com corte de gastos e aumento de receitas até 2014 -€ 102,1 bilhões de euros, 57% a mais que nas previsões anteriores.

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