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Crescem combates em Aleppo e Damasco

Confrontos entre forças do regime de Assad e insurgentes chegam perto da cidadela medieval na maior cidade síria

China culpa Ocidente por impasse no conflito; grupo de 48 religiosos iranianos é sequestrado na capital, Damasco

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os confrontos entre as tropas do ditador sírio Bashar Assad e os insurgentes se intensificaram ontem em Aleppo, a maior cidade do país (2,5 milhões de habitantes) e em Damasco.

Um general do Exército sírio chegou a declarar que as forças do regime retomaram o controle da capital.

"Nós limpamos todos os distritos de Damasco. (...) Já não há presença de grupos armados, com exceção de alguns indivíduos que se deslocam de um lugar para o outro para provar que existem", disse a jornalistas o oficial que liderou a operação no bairro de Tadamun e não quis revelar o nome.

Segundo o general, a ação militar havia começado no dia anterior "para responder à demanda da população".

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, confirmou que o regime realizou seu "mais forte bombardeio" contra essa região da capital.

Em Aleppo, os confrontos se alastraram por mais regiões da cidade, chegando ao entorno da cidadela medieval, declarada patrimônio histórico da humanidade.

Segundo o OSDH, o regime ontem teria enviado caças para bombardear bairros em Aleppo, como o de Saif Al-Dawla, para tentar deslocar as forças insurgentes.

Por terra, os embates ocorreram nos arredores das redes de TV e rádio da cidade, que teve o sinal de TV cortado.

CHINA

Ontem, a China culpou o Ocidente por obstruir a diplomacia e soluções políticas para a guerra civil na Síria.

A afirmação vem em reação às críticas feitas por EUA e outros governos de que China e Rússia bloqueiam os esforços de solução do conflito. Pequim e Moscou já vetaram três resoluções no Conselho de Segurança da ONU contra o regime de Assad.

Ontem, o jornal libanês "As-Safir" divulgou, citando fontes diplomáticas, que o ex-chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, é um dos principais candidatos a substituir Kofi Annan como enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

SEQUESTRO

Em Damasco, um grupo de homens armados sequestrou um ônibus com 48 peregrinos iranianos xiitas que faziam um tour religioso, informou a Irna. O sequestro teria acontecido às 11h (horário local), quando o veículo se dirigia para o aeroporto de Damasco, de onde os turistas voltariam para o Irã.

O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, pediu por telefone ao colega turco, Ahmet Davutoglu, a intervenção de Ancara para a libertação. O Irã é um dos últimos aliados de Assad na região.

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