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Homem mais rico da França vai pedir cidadania à Bélgica

Decisão de Bernard Arnault, diretor do grupo Louis Vuitton, acende debate sobre plano de reforma fiscal

Governo francês estuda taxar em 75% grandes fortunas, em pacote de medidas para reduzir o deficit público do país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Bernard Arnault, o homem mais rico da França e diretor-executivo do grupo de marcas de luxo LVMH (Moët Hennessy - Louis Vuitton), entrou com pedido para obter a nacionalidade belga.

A notícia foi divulgada um dia após o ministro das Finanças francês reafirmar a implantação, em 2013, do plano de reforma fiscal prometido na campanha presidencial de François Hollande.

O plano inclui taxação de 75% para quem tiver rendimentos acima de € 1 milhão (R$ 2,5 milhões) e visa reduzir o deficit público francês.

Arnault, porém, se apressou em negar que esteja se mudando para fugir dos impostos. "Contrariamente à informação publicada hoje, Bernard Arnault esclarece que vai manter seu domicílio fiscal na França. Sua possível aquisição da nacionalidade belga não vai alterar sua determinação de criar empregos na França", afirmou sua assessoria de imprensa.

Ainda assim, opositores do governo de Hollande usaram a informação para criticá-lo.

"O líder de uma empresa que simboliza o sucesso francês no mundo pode ser forçado a sair do país por causa da nossa política fiscal. É desastroso", disse François Fillon, que foi premiê durante a presidência de Nicolas Sarkozy, antecessor de Hollande.

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