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Análise

Prêmio tenta devolver ao bloco uma ideia dos seus objetivos

PAUL TAYLOR
DA REUTERS, EM BRUXELAS

A conquista do Prêmio Nobel da Paz é uma enorme injeção de moral em uma organização que recentemente sofreu uma experiência de quase-morte e ainda não tem plena certeza de ter saído da zona de perigo.

A União Europeia ainda é um ímã de esperança e prosperidade para as democracias emergentes na Europa do leste e nos Bálcãs. Mas o bloco não é apreciado pelos europeus comuns, cujo sentimento de pertencimento ainda é nacional ou local, e não tanto europeu.
Para muitos dos 500 milhões de cidadãos da União Europeia, a imagem do bloco foi maculada pela crise de dívida da zona do euro, ainda em curso, que fortaleceu partidos populistas eurocéticos da extrema direita e esquerda resistente em muitos países-membros.

O Prêmio Nobel pode encontrar pouca ressonância junto a uma geração mais jovem de europeus para os quais a paz parece algo garantido e normal.

Muitos atribuem às políticas promovidas pela União Europeia a recessão, a regressão social e o desemprego juvenil em massa na periferia da zona do euro, questionando o que a Europa fez por eles.

Mas, na corte da opinião pública europeia, a voz do comitê do Nobel terá algum peso, sim, e talvez confira aos líderes da União Europeia um pouco mais de coragem para apresentar a seus respectivos públicos os argumentos em favor da integração do continente europeu.

Tradução de CLARA ALLAIN

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