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Cresce preocupação chinesa com corrupção

Índice dos que consideram esse o maior problema do país chega a 50%, segundo pesquisa

DE PEQUIM

Pesquisa do instituto americano Pew Research Center mostra que a desigualdade de renda, a corrupção e a preocupação com alimentos contaminados são os problemas que mais cresceram entre a opinião pública chinesa em quatro anos.

Embora a inflação continue como a maior preocupação (60%), a corrupção subiu de 39% para 50%, e a desigualdade, de 41% para 48%.

O maior salto entre os "problemas muito grandes" foi em relação à segurança dos alimentos, de 12% para 41%, reflexo dos sucessivos escândalos, principalmente o do leite adulterado com melamina, que contaminou ao menos 300 mil crianças em 2008.

A percepção de desigualdade aparece mais evidente no tópico em que os entrevistados devem dizer se concordam ou não com a frase: "Hoje, é realmente verdade que os ricos ficam mais ricos, enquanto os pobres ficam mais pobres". O total de respostas "sim" é de 81%.

A pesquisa também perguntou sobre a imagem de vários países. Com relação ao Brasil, 50% dos chineses disseram ter uma opinião favorável, e 39%, desfavorável -a porcentagem restante não respondeu.

É um dos países com avaliação mais positiva, à frente dos Estados Unidos (40%) e tecnicamente empatado com o Reino Unido (49%).

A avaliação sobre os americanos caiu bastante: apenas 39% acreditam que se trata de uma relação de colaboração, contra 68% há dois anos.

Mas os chineses mantêm uma avaliação positiva do "soft power": 52% dizem gostar do ideal americano sobre democracia, porcentagem que sobe para 70% na faixa de renda mais alta.

O país que recebeu a avaliação mais negativa foi o Japão, com apenas 15%, reflexo do violento período de ocupação da China (1931-1945), constantemente lembrado nos livros escolares, em telenovelas e na imprensa estatal.

A pesquisa foi realizada com 3.177 entrevistados entre 18 de março e 15 de abril, como parte de uma levantamento maior do instituto Pew envolvendo 12 países. A margem de erro é de 4,3 pontos percentuais, para cima ou para baixo. (FABIANO MAISONNAVE)

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