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Atentado em enterro mata mais de 38 no Paquistão
DA REDAÇÃO
Um homem-bomba se explodiu durante os funerais de um
policial no noroeste do Paquistão, matando ao menos 38 pessoas e ferindo outras 62.
O atentado ocorreu na cidade
de Mingora, a 170 km da fronteira com o Afeganistão. Ela está localizada no distrito de
Swat, que o Exército paquistanês designou há dias como
"área limpa" de terroristas islâmicos do Taleban. Segundo essas versões, persistiam apenas
bolsões de resistência.
O poderoso explosivo foi detonado quando outros policiais
prestavam homenagens ao caixão do colega, em cerimônia ao
fim da tarde, após o velório no
saguão de uma escola pública.
O policial em questão, Javed
Iqbal, era um dos três ocupantes de um veículo emboscado
pela manhã numa estrada perto de Bannu, região fronteiriça
onde o Taleban e seus aliados
da Al Qaeda são bastante ativos.
Os três policiais morreram. Iqbal recebia a homenagem de
cerca de 500 pessoas por ser o
mais graduado dos mortos.
Um médico do hospital Saidu
Sharif, em Swat, disse que 34
cadáveres de vítimas haviam
dado entrada em seu necrotério. Mas informantes do serviço paquistanês de inteligência
disseram que ao menos quatro
outros mortos foram diretamente transportados por familiares a seus domicílios para
prepará-los ao sepultamento.
Cerca de 450 pessoas já morreram no Paquistão em atentados desde o início de janeiro. A
escalada dos radicais islâmicos
desmoraliza o ditador Pervez
Musharraf, cujos aliados já ficaram em minoria nas eleições
legislativas do último dia 16,
vencidos pelos partidários da
ex-premiê Benazir Bhutto,
morta em dezembro.
Com agências internacionais
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