São Paulo, sábado, 01 de março de 2008

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Príncipe Harry volta para a casa

Caçula "problemático" de Diana e Charles vira herói dos tablóides após servir em segredo no Afeganistão

Ministério da Defesa do Reino Unido anuncia volta imediata; localização do príncipe foi divulgada pela imprensa estrangeira

DA REDAÇÃO

Durou apenas dez semanas o sonho de ser apenas "um dos rapazes" combatendo no Afeganistão. O príncipe Harry, 23, tenente do Exército britânico e terceiro na linha de sucessão da monarquia, será removido imediatamente da linha de frente, anunciou ontem o Ministério da Defesa.
A localização de Harry foi divulgada pela imprensa estrangeira, pondo em risco a ele e ao seu regimento. Desde dezembro, veículos britânicos sabiam que Harry estava em combate. Em troca do sigilo, eles receberam vídeos do príncipe no Afeganistão -o material só seria divulgado após o retorno.
Entusiasmado com o campo de batalha, o príncipe comete uma gafe em um dos vídeos, quando indagado sobre a possibilidade de voltar ao Afeganistão. "Não gosto tanto assim da Inglaterra, você sabe... É bom estar longe da imprensa e de toda a porcaria que eles escrevem", afirma.
Os tablóides do Reino Unido acompanham obsessivamente os príncipes William e Harry. Ao contrário do bem-comportado William, o caçula tem um histórico turbulento com a mídia, tendo sido flagrado em festas, bebedeiras e em uma série de pequenos "escândalos".

De "nazista" a "herói"
Há três anos, Harry foi fotografado vestido de nazista em uma festa à fantasia, provocando protestos que o forçaram a se retratar pela "escolha infeliz". Os tablóides noticiaram o suposto envolvimento do príncipe com maconha, ainda na adolescência, e reproduziram declarações da professora que alega ter escrito trabalhos escolares de Harry.
O ingresso na prestigiosa academia militar de Sandhurst foi recebido com desdém e especulações sobre favorecimento. Mas a decisão obstinada de ir ao campo de batalha redimiu "l'enfant terrible" da família real nos tablóides britânicos.
"Herói Harry está voltando para casa" era a chamada de ontem, na internet, para o texto do "Sun" sobre o príncipe. Impedido por medida de segurança de servir como comandante de tanque no Iraque em 2007, o jovem oficial insistiu em não ser poupado enquanto "seus rapazes" lutam pelo país.
Harry serviu na Província de Helmand, uma das mais violentas do Afeganistão e principal base dos britânicos. "Oficial exemplar", o príncipe atuou como controlador aéreo avançado, orientando os aviões em ataques a alvos do Taleban.


Com agências internacionais


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