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Comandante brasileiro no Haiti vê favela mais segura
TAHIANE STOCHERO
DA FOLHA ONLINE
"O Brasil já faz parte de Cité
Soleil e Cité Soleil faz parte do
Brasil. A segurança lá está associada à confiança que a população tem no soldado brasileiro.
Quando eu for tirar o Brasil, vai
ter de se bem planejado." A frase é do comandante da missão
de paz da ONU no Haiti (Minustah), o general brasileiro
Carlos Alberto dos Santos
Cruz, que diz acreditar ser esta
a explicação para o sucesso na
pacificação da favela mais pobre e violenta do Haiti.
A pacificação da região de
300 mil habitantes na capital
haitiana é consolidada exatamente quatro anos após a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Arisitide, deposto em 29
de fevereiro de 2004. Reduto
de grupos armados, o bairro foi
alvo de operações comandadas
pelo Brasil em 2007 em que foram presos ou mortos mais de
500 criminosos e revoltosos.
Sem Estado
"Nestes quatro anos, conseguimos estabilidade, houve
eleições, não há mais áreas comandadas pelos criminosos.
Mas onde 80% da população
não têm emprego, onde não
existe água, energia elétrica,
polícia nem a presença do Estado, como se vai acabar com a
violência?", questiona Cruz.
Pelo segundo ano no comando da Minustah, o general diz
que os principais desafios deste
ano são manter a segurança, reforçar a vigilância na fronteira e
a geração de empregos.
NA INTERNET
www.folha.com.br/080604
leia trechos da entrevista
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