São Paulo, sábado, 01 de março de 2008

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Comandante brasileiro no Haiti vê favela mais segura

TAHIANE STOCHERO
DA FOLHA ONLINE

"O Brasil já faz parte de Cité Soleil e Cité Soleil faz parte do Brasil. A segurança lá está associada à confiança que a população tem no soldado brasileiro. Quando eu for tirar o Brasil, vai ter de se bem planejado." A frase é do comandante da missão de paz da ONU no Haiti (Minustah), o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que diz acreditar ser esta a explicação para o sucesso na pacificação da favela mais pobre e violenta do Haiti.
A pacificação da região de 300 mil habitantes na capital haitiana é consolidada exatamente quatro anos após a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Arisitide, deposto em 29 de fevereiro de 2004. Reduto de grupos armados, o bairro foi alvo de operações comandadas pelo Brasil em 2007 em que foram presos ou mortos mais de 500 criminosos e revoltosos.

Sem Estado
"Nestes quatro anos, conseguimos estabilidade, houve eleições, não há mais áreas comandadas pelos criminosos. Mas onde 80% da população não têm emprego, onde não existe água, energia elétrica, polícia nem a presença do Estado, como se vai acabar com a violência?", questiona Cruz.
Pelo segundo ano no comando da Minustah, o general diz que os principais desafios deste ano são manter a segurança, reforçar a vigilância na fronteira e a geração de empregos.


NA INTERNET
www.folha.com.br/080604
leia trechos da entrevista



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