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Palestino quer que Brasil medeie processo de paz
DO ENVIADO A DOHA
O secretário-geral da Liga
Árabe, Amr Moussa, resumiu o
ceticismo da região em relação
à diplomacia israelense sob o
novo governo apresentado ontem. "Não há diplomacia israelense", disse Moussa, deixando
claro que espera pouco avanço
no processo de paz com o ultranacionalista Avigdor Liberman
como chanceler de Israel.
O apoio aos palestinos dominou os discursos em Doha. O
presidente Lula voltou a propor uma conferência de paz que
inclua países em desenvolvimento como o Brasil.
A ideia de ampliar a mediação para além de Rússia, EUA,
ONU e União Europeia foi
aprovada pelo chanceler da Autoridade Nacional Palestina,
Riyad al Maliki. "Estive com o
presidente Lula em Brasília e
ele me disse que o processo de
paz não deveria ser monopolizado por poucos países", afirmou. "Outros como Brasil, Argentina, Índia e África do Sul
também deveriam contribuir."
Ao discursar, Lula cobrou Israel: "Não é possível que depois
de anos de negociações, frequentemente interrompidas
por ações militares, não tenhamos um Estado palestino coeso
e economicamente viável".
Lula deu a entender ainda
que o grupo islâmico Hamas
tem que ser parte da negociação: "Aplaudimos os esforços
para a reconciliação palestina.
Não haverá solução para os
problemas do Oriente Médio
sem a participação de todos os
atores relevantes".
(MN)
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