São Paulo, quarta-feira, 01 de abril de 2009

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Palestino quer que Brasil medeie processo de paz

DO ENVIADO A DOHA

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, resumiu o ceticismo da região em relação à diplomacia israelense sob o novo governo apresentado ontem. "Não há diplomacia israelense", disse Moussa, deixando claro que espera pouco avanço no processo de paz com o ultranacionalista Avigdor Liberman como chanceler de Israel.
O apoio aos palestinos dominou os discursos em Doha. O presidente Lula voltou a propor uma conferência de paz que inclua países em desenvolvimento como o Brasil.
A ideia de ampliar a mediação para além de Rússia, EUA, ONU e União Europeia foi aprovada pelo chanceler da Autoridade Nacional Palestina, Riyad al Maliki. "Estive com o presidente Lula em Brasília e ele me disse que o processo de paz não deveria ser monopolizado por poucos países", afirmou. "Outros como Brasil, Argentina, Índia e África do Sul também deveriam contribuir."
Ao discursar, Lula cobrou Israel: "Não é possível que depois de anos de negociações, frequentemente interrompidas por ações militares, não tenhamos um Estado palestino coeso e economicamente viável".
Lula deu a entender ainda que o grupo islâmico Hamas tem que ser parte da negociação: "Aplaudimos os esforços para a reconciliação palestina. Não haverá solução para os problemas do Oriente Médio sem a participação de todos os atores relevantes". (MN)


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