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Institutos de pesquisas não terão
de explicar métodos, diz Justiça
DA REUTERS
Quatro dos principais institutos
de pesquisas franceses escaparam
ontem de um processo que um
grupo de eleitores queria abrir
contra eles. Segundo esse grupo,
previsões imprecisas -feitas pelos institutos Ipsos, CSA, Ifop e
BVA- teriam ajudado o líder de
extrema direita Jean-Marie Le
Pen a chegar ao segundo turno da
eleição presidencial francesa.
Porém o juiz Jean-Claude Magendie rejeitou a ação, determinando que os institutos de pesquisas tinham respeitado a lei em
seu trabalho e ordenando que o
grupo de eleitores que queria
abrir o processo ajudasse a pagar
os custos legais do caso.
Segundo esse grupo, muitos
eleitores deixaram de votar no
primeiro turno da eleição, em 21
de abril passado, porque os institutos de pesquisas previam que o
socialista Lionel Jospin (premiê
francês) conseguiria chegar ao segundo turno com certa facilidade.
Le Pen enfrentará o presidente
Jacques Chirac (centro-direita)
no segundo turno, em 5 de maio.
"As numerosas pesquisas equivocadas divulgadas antes do primeiro turno da eleição presidencial causaram uma abstenção maciça e enganaram os eleitores",
afirmou a advogada do grupo que
queria o processo, Claire Doubliez, no tribunal. A taxa de abstenção atingiu 28% no primeiro
turno -um recorde numa eleição presidencial francesa.
O grupo queria que o juiz exigisse que os institutos de pesquisas
divulgassem os métodos que utilizam em seus trabalhos e a margem de erro de suas pesquisas.
Os advogados dos institutos argumentaram que somente os
membros da comissão responsável pela supervisão de pesquisas
de opinião e de intenção de voto
ou os deputados franceses podiam exigir mudanças nas práticas "já tradicionais" dos responsáveis pelas pesquisas.
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