São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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Institutos de pesquisas não terão de explicar métodos, diz Justiça

DA REUTERS

Quatro dos principais institutos de pesquisas franceses escaparam ontem de um processo que um grupo de eleitores queria abrir contra eles. Segundo esse grupo, previsões imprecisas -feitas pelos institutos Ipsos, CSA, Ifop e BVA- teriam ajudado o líder de extrema direita Jean-Marie Le Pen a chegar ao segundo turno da eleição presidencial francesa.
Porém o juiz Jean-Claude Magendie rejeitou a ação, determinando que os institutos de pesquisas tinham respeitado a lei em seu trabalho e ordenando que o grupo de eleitores que queria abrir o processo ajudasse a pagar os custos legais do caso.
Segundo esse grupo, muitos eleitores deixaram de votar no primeiro turno da eleição, em 21 de abril passado, porque os institutos de pesquisas previam que o socialista Lionel Jospin (premiê francês) conseguiria chegar ao segundo turno com certa facilidade. Le Pen enfrentará o presidente Jacques Chirac (centro-direita) no segundo turno, em 5 de maio.
"As numerosas pesquisas equivocadas divulgadas antes do primeiro turno da eleição presidencial causaram uma abstenção maciça e enganaram os eleitores", afirmou a advogada do grupo que queria o processo, Claire Doubliez, no tribunal. A taxa de abstenção atingiu 28% no primeiro turno -um recorde numa eleição presidencial francesa.
O grupo queria que o juiz exigisse que os institutos de pesquisas divulgassem os métodos que utilizam em seus trabalhos e a margem de erro de suas pesquisas.
Os advogados dos institutos argumentaram que somente os membros da comissão responsável pela supervisão de pesquisas de opinião e de intenção de voto ou os deputados franceses podiam exigir mudanças nas práticas "já tradicionais" dos responsáveis pelas pesquisas.



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