UOL


São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SARS

Seis deles ainda estão internados

Hong Kong tem primeiros casos de reincidência

DA REDAÇÃO

As autoridades sanitárias de Hong Kong divulgaram ontem que estão analisando 12 doentes de Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês) que voltaram a ter a doença após receberem alta médica. São os primeiros casos registrados de reincidência de Sars no mundo.
Seis pacientes se recuperaram e foram liberados de novo, mas os outros seis permanecem internados, embora estejam em boas condições, segundo Liu Shao-haei, diretor-executivo da administração hospitalar municipal, que não forneceu mais detalhes.
Antes das declarações de Liu, uma porta-voz da administração, que falou sob anonimato, dissera que havia "muita preocupação" com os casos de reincidência.
Ontem, Hong Kong registrou mais sete mortes por Sars, elevando o número de vítimas fatais para 157. O número é praticamente igual ao registrado em todo o restante da China até ontem -159 mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A boa notícia é que ontem surgiram apenas 17 novos casos na ilha, número bastante baixo se comparado com os dos primeiros dias de abril. Nesta semana, a OMS disse que Hong Kong já ultrapassara o pico da doença.
A China, em contrapartida, registrou 11 mortes e 166 novos casos ontem -mais da metade em Pequim. O prefeito Wang Qishan negou especulações de que a capital seria isolada, mas admitiu que os hospitais estão sobrecarregados. Uma unidade de isolamento com mil leitos está sendo construída às pressas na cidade de cerca de 13 milhões de habitantes.
Pequim tem adotado medidas drásticas, como o fechamento de escolas e teatros. Cerca de 10 mil pessoas estão sob quarentena.
Outros países também têm adotado medidas draconianas. Em Cingapura, as crianças agora são obrigadas a levar termômetros para as escolas, onde a temperatura é checada duas vezes por dia.
No Canadá, duas pessoas morreram ontem. Em Taiwan, também houve duas mortes e, em Cingapura, uma.

Taxa de mortalidade
Ontem, a OMS disse que a taxa de mortalidade entre os que contraíram a Sars, atualmente de 6%, está subindo e pode chegar a 10%.
Segundo a OMS, a doença provocou até ontem a morte de 372 pessoas, com 5.663 casos notificados em mais de 20 países.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Eleições na Argentina: Menem antecipa ministros para reduzir vantagem de Kirchner
Próximo Texto: No Brasil: Quarentena não é seguida em BH
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.