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AMÉRICA LATINA
Chavismo entra na lista de ameaças do Exército americano
Populismo radical favorece o terrorismo, alertam EUA
CAROLINA VILA-NOVA
ENVIADA ESPECIAL AOS EUA E À COLÔMBIA
Os EUA definiram o que chamam de "populismo radical" como uma possível porta de entrada
do terrorismo na América Latina,
e, portanto, como uma das ameaças à segurança regional.
A tese do governo americano
pode ser resumida da seguinte
maneira: governos e movimentos
populares com essa característica,
como o de Hugo Chávez, na Venezuela, tendem a solapar instituições democráticas e formas de
representação popular, além de
não responder às demandas sócio-econômicas da população; a
combinação desses fatores cria
instabilidade e favorece o surgimento de grupos subversivos.
Curiosamente, a tese apareceu
sintetizada não pelo Departamento de Estado dos EUA, encarregado da formulação da política externa do país, mas por um comando militar, que qualificou o
chamado populismo radical como uma das ameaças na região no
século 21, ao lado de questões como o terrorismo transnacional
-número um da lista-, o narcoterrorismo e a lavagem de dinheiro, entre outras.
"Estamos vendo que as instituições democráticas na região estão
sendo minadas por movimentos
populistas, e o perigo é maior
quando as lideranças políticas
eleitas utilizam o apoio popular
que obtiveram para minar ainda
mais essas instituições. Temos
visto também que essas democracias têm falhado em atender às
demandas das classes marginalizadas", disse o coronel David
McWilliams, diretor de Relações
Públicas do Comando Sul do
Exército americano, em nota à
imprensa estrangeira em Miami,
na Flórida. O Comando Sul é responsável por 30 países de América do Sul, Central e Caribe.
"Essa subversão da democracia
não é apenas uma questão política, já que põe em risco a segurança e a estabilidade dos governos,
num ambiente em que podem
florescer guerrilhas urbanas e
grupos terroristas", concluiu.
A jornalista Carolina Vila-Nova viajou aos EUA e à Colômbia a convite do Departamento de Estado dos EUA
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