São Paulo, Sábado, 01 de Maio de 1999
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Saiba mais sobre o conflito

da Redação

O impasse nas negociações para o fim do ataque da Otan à Iugoslávia está atualmente na questão do envio de tropas internacionais de manutenção de paz a Kosovo.
O ditador iugoslavo, Slobodan Milosevic, só aceita uma missão desarmada, enquanto os países da aliança militar ocidental querem a entrada de soldados para monitorar um eventual acordo de paz.
A Otan iniciou a ação aérea contra a Iugoslávia em 24 de março. Afirma estar defendendo a população de origem albanesa da Província (cerca de 1,8 milhão de pessoas, 90% do total na região antes do início do conflito) de "limpeza étnica" praticada pelas tropas iugoslavas de Milosevic.
Desde o início da guerra, porém, Belgrado acelerou a expulsão dos kosovares albaneses de suas casas. Segundo a Otan, mais de 900 mil refugiados já saíram de Kosovo desde 1998. Grande parte está em campos na Albânia e na Macedônia, países vizinhos.
O governo da Iugoslávia nega a "limpeza étnica" e diz estar combatendo terroristas separatistas de origem albanesa do Exército de Libertação de Kosovo.
Belgrado afirma defender a integridade territorial do país. A Província é considerada o berço do nacionalismo sérvio (a Sérvia, junto com Montenegro, compõe a atual Iugoslávia).
A Otan visa atingir alvos militares para enfraquecer o poderio sérvio, assim como deteriorar a infra-estrutura e os estoques de petróleo do país. Em pelo menos quatro ocasiões, a aliança ocidental admitiu ter errado o alvo, destruindo residências e matando civis.


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