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Prisão virou sinônimo de abusos
DA REDAÇÃO
O episódio envolvendo
os fuzileiros navais evoca o
escândalo de Abu Ghraib,
prisão e centro de torturas
da ditadura de Saddam
Hussein, na qual os Estados Unidos, depois da ocupação do Iraque, mantiveram simultaneamente até
7.000 suspeitos de vínculos com a insurgência.
Localizada a 32 km a
oeste de Bagdá, a prisão virou notícia em abril de
2004, quando a revista
"New Yorker" e o programa da TV americana "60
Minutes" trouxeram reportagens sobre atos de
tortura praticados por militares americanos.
Diante do escândalo, o
Pentágono removeu 17
suspeitos e processou sete
em corte marcial. Foram
todos sentenciados e expulsos com desonra das
Forças Armadas. Entre os
réus estavam os soldados
Charles Graner e sua então namorada, Lynndie
England, que hoje cumprem penas de dez anos e
três anos de prisão, respectivamente.
A general-de-brigada
Janis Karpinski, responsável por Abu Ghraib, foi
rebaixada à patente de coronel em 2005 e transferida para a reserva. Tornou-se a oficial de mais alta patente a ser punida durante
a Guerra do Iraque.
O caso foi amplamente
condenado por entidades
de direitos humanos, dentro e fora dos Estados Unidos. As fotografias de torturas e cenas degradantes
-feitas com leviandade e
como brincadeira pelos
próprios torturadores,
com suas câmeras digitais- deram maior dramaticidade ao caso e foram rapidamente divulgadas em sites da internet.
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