DA REDAÇÃO

A polícia saudita anunciou que, em tiroteio com extremistas islâmicos, matou ontem um clérigo que seria um dos principais ideólogos da Al Qaeda no país. Abdullah Mohammed Rashid Roshoud era o autor de anátemas lançados em nome da organização terrorista chefiada por Osama Bin Laden.
O confronto armado ocorreu no bairro de Quds, na região leste de Riad. Um policial foi morto na ação e seis outros foram feridos, disseram as autoridades.
Roshoud foi a primeira vítima da polícia depois que o rei Fahd assinou na semana passada um decreto pelo qual extremistas que se entregassem não estariam sujeitos à pena de morte, mas só a penas de prisão.
Segundo o Ministério do Interior, o clérigo morto havia lançado apelos para que matassem integrantes da família real saudita e atingissem cidadãos e alvos econômicos ocidentais no país.
Ainda de acordo com as autoridades, Roshoud foi professor de islamismo numa escola secundária e, ao cair na clandestinidade, passou a redigir manifestos para sites extremistas, nos quais criticava a influência estrangeira.
Sua morte foi a décima entre os integrantes de uma lista de 26 extremistas mais procurados. O terrorista mais importante anteriormente morto foi Abdulaziz Moqrin, que morreu em confronto com a polícia em 18 de junho e era considerado o principal dirigente local da Al Qaeda no país.
Entre os 26 listados, só um se entregou voluntariamente à polícia, para se beneficiar da suspensão da pena de morte. Trata-se de Hadi Amri, número 21 da lista, na prisão desde segunda-feira.
Ao menos 85 civis e policiais foram mortos na Arábia Saudita pelos terroristas da Al Qaeda, responsável pelos ataques do 11 de Setembro e liderada por Osama bin Laden, de origem saudita.
A rede terrorista promove campanha para depor o regime saudita e visa especialmente a comunidade estrangeira que trabalha no país e é vital para a sua economia.