São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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LÍBANO

Fuad Saniora já foi ministro

Novo premiê libanês tem elo com bloco anti-Síria

DA REDAÇÃO

O presidente do Líbano, Émile Lahoud, nomeou ontem para o posto de premiê o muçulmano sunita Fuad Saniora, 62, representante do bloco anti-Síria no recém-eleito Parlamento libanês.
Submetida já ontem ao plenário, a indicação foi aprovada por 126 dos 128 parlamentares. Saniora foi ministro das Finanças de Rafik Hariri, o premiê assassinado em fevereiro num atentado atribuído aos sírios.
Em entrevista, Saniora disse que seguiria os passos de Hariri "na luta por liberdade e independência e na busca da estabilidade".
Afirmou ainda que procurará identificar os assassinos do premiê, cujo túmulo visitou tão logo foi designado. A morte de Rafik Hariri provocou ruidosas manifestações de rua e foi um dos fatores que levaram a Síria a retirar, no fim de abril, suas tropas que estavam estacionadas no Líbano.
Saniora era até ontem presidente do Banque de la Mediterranée, uma das maiores instituições financeiras libanesas, que integra o conglomerado do clã Hariri.
Ele é o principal conselheiro de finanças de Saad Hariri, herdeiro de Rafik e deputado recém-eleito. Foi a bancada de Saad Hariri que indicou Saniora ao presidente Lahoud, partidário da Síria.
O novo premiê iniciou consultas para a formação de seu governo, tarefa de equilíbrio delicado porque não poderá descartar partidários do presidente Lahoud.
Entre suas tarefas imediatas está um plano para a estabilização da dívida de US$ 35,5 bilhões, que equivale a 170% do PNB libanês.
Saniora também poderá tentar desarmar o Hizbollah, grupo radical xiita que os Estados Unidos acusam de terrorismo.

Tensões no sul
Helicópteros israelenses dispararam ontem dois mísseis contra posições do Hizbollah no sul do Líbano. O grupo havia na véspera atacado posições israelenses e matado um oficial daquele país.
O Hizbollah disse não ter reagido ao fogo de Israel. Os incidentes ocorreram em Shebaa, área que a ONU diz pertencer à Síria e estar sob ocupação israelense desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967.
O representante local da ONU criticou os dois lados por violações de fronteira.


Com agências internacionais

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