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LÍBANO
Fuad Saniora já foi ministro
Novo premiê libanês tem elo com bloco anti-Síria
DA REDAÇÃO
O presidente do Líbano, Émile
Lahoud, nomeou ontem para o
posto de premiê o muçulmano
sunita Fuad Saniora, 62, representante do bloco anti-Síria no recém-eleito Parlamento libanês.
Submetida já ontem ao plenário, a indicação foi aprovada por
126 dos 128 parlamentares. Saniora foi ministro das Finanças de
Rafik Hariri, o premiê assassinado em fevereiro num atentado
atribuído aos sírios.
Em entrevista, Saniora disse que
seguiria os passos de Hariri "na
luta por liberdade e independência e na busca da estabilidade".
Afirmou ainda que procurará
identificar os assassinos do premiê, cujo túmulo visitou tão logo
foi designado. A morte de Rafik
Hariri provocou ruidosas manifestações de rua e foi um dos fatores que levaram a Síria a retirar,
no fim de abril, suas tropas que
estavam estacionadas no Líbano.
Saniora era até ontem presidente do Banque de la Mediterranée,
uma das maiores instituições financeiras libanesas, que integra o
conglomerado do clã Hariri.
Ele é o principal conselheiro de
finanças de Saad Hariri, herdeiro
de Rafik e deputado recém-eleito.
Foi a bancada de Saad Hariri que
indicou Saniora ao presidente Lahoud, partidário da Síria.
O novo premiê iniciou consultas para a formação de seu governo, tarefa de equilíbrio delicado
porque não poderá descartar partidários do presidente Lahoud.
Entre suas tarefas imediatas está
um plano para a estabilização da
dívida de US$ 35,5 bilhões, que
equivale a 170% do PNB libanês.
Saniora também poderá tentar
desarmar o Hizbollah, grupo radical xiita que os Estados Unidos
acusam de terrorismo.
Tensões no sul
Helicópteros israelenses dispararam ontem dois mísseis contra
posições do Hizbollah no sul do
Líbano. O grupo havia na véspera
atacado posições israelenses e
matado um oficial daquele país.
O Hizbollah disse não ter reagido ao fogo de Israel. Os incidentes
ocorreram em Shebaa, área que a
ONU diz pertencer à Síria e estar
sob ocupação israelense desde a
Guerra dos Seis Dias, de 1967.
O representante local da ONU
criticou os dois lados por violações de fronteira.
Com agências internacionais
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