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TIMOR LESTE
Ramos Horta assume posto de primeiro-ministro interino
DA REDAÇÃO
O Nobel da Paz e ex-chanceler de Timor Leste, José
Ramos Horta, assumiu o
posto de premiê, cargo deixado na última semana por
Mari Alkatiri, e disse que o
país deve ter um novo governo em alguns dias.
"Nos próximos dias, devemos ter um novo governo
com o apoio do partido majoritário [Fretilin, de Alkatiri]
e de todos os outros", disse
Ramos Horta, ganhador de
um Prêmio Nobel por sua resistência não-violenta a 24
anos de ocupação indonésia,
que terminou em 1999. "Estamos no caminho certo."
Uma comissão de inquérito das Nações Unidas, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, deve chegar ao
país ainda no começo deste
mês para investigações preliminares sobre os conflitos
deflagrados no fim de abril, a
partir da demissão de 600
militares por Alkatiri.
A comissão tem três membros, indicados pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e deverá apurar as responsabilidades pelos acontecimentos violentos na capital, Dili, segundo José Diaz,
porta-voz da alta comissária
da ONU para Direitos Humanos, Louise Arbour.
Entre outros pontos, a comissão vai investigar um episódio de ataque a manifestantes, tiros disparados por
soldados contra pessoas desarmadas e o cerco à casa do
ex-ministro do Interior.
A ONU alertou ontem para
a falta de alimentos em Timor. Mais da metade dos 145
mil timorenses que tiveram
de deixar as suas casas por
medo do conflito enfrenta a
queda drástica do abastecimento, segundo a entidade.
"É questão de poucas semanas até que o Programa de
Abastecimento Mundial fique sem dinheiro nem comida", alertou o coordenador
humanitário da ONU no
país, Finn Reske-Nielsen.
Missão brasileira
Ontem, uma missão diplomática brasileira chegou a
Timor, "com o objetivo de
reiterar às autoridades de Timor Leste a solidariedade do
Brasil diante da crise política
e social", segundo nota do
Itamaraty. A missão é chefiada pelo subsecretário de Política do Itamaraty, Pedro
Motta Pinto Coelho.
Com agências internacionais
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