São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Novo estudo sugere que militares da ONU levaram doença ao Haiti

Pesquisadores responsabilizam batalhão por epidemia de cólera

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um artigo científico, elaborado por pesquisadores dos EUA, apontou que militares das Nações Unidas iniciaram involuntariamente a epidemia de cólera que matou mais de 5.500 pessoas no Haiti no ano passado.
O documento, elaborado por médicos e epidemiologistas foi publicado em um jornal científico do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
O artigo diz que há uma "correlação exata" de tempo e lugar entre a chegada à região de Artibonite, no centro do Haiti, de um batalhão de militares nepaleses.
Eles teriam vindo de uma área no Nepal onde já havia uma epidemia de cólera. Os primeiros casos no Haiti foram registrados logo após a chegada dos militares.
O documento diz que a epidemia começou com a contaminação de um afluente do rio Artibonite, próximo à base do Nepal.
O isolamento desse afluente e a falta de outros fatores suspeitos torna "improvável" que a doença tenha chegado ao Haiti de outra maneira, segundo o artigo.
Não é a primeira vez que um relatório tenta ligar a epidemia aos militares da ONU.
No ano passado, estudo do epidemiologista francês Renaud Piarroux concluiu que o "foco provável" da doença seria o batalhão da ONU. As Nações Unidas conduziram sua própria investigação sobre o caso.
Em maio o órgão anunciou que um painel de especialistas concluiu que a doença foi importada do sul da Ásia por "atividade humana".
A ONU disse que más condições de higiene na base podem ter possibilitado a contaminação da instalação, mas não culpou nenhum grupo específico pelo início da doença e sim uma "confluência de circunstâncias.


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