São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002

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PANORÂMICA

IRAQUE

Senado americano inicia debate sobre possível ofensiva contra Saddam
O Senado dos EUA começou ontem a examinar a possibilidade de autorizar um eventual ataque ao Iraque -com o objetivo de depor o ditador Saddam Hussein.
Porém Richard Butler, que chefiou a agência da ONU de inspeção de armas e que liderou missões no Iraque, disse a um comitê do Senado que, "antes de tomar outras medidas", a comunidade internacional deveria dar ao governo iraquiano mais uma chance de cooperar com a ONU, permitindo a entrada de seus inspetores no país.
Butler participou da abertura das audiências do Comitê de Relações Exteriores do Senado sobre a possibilidade de atacar o país do golfo Pérsico para forçar a saída de Saddam.
No início deste ano, o presidente George W. Bush incluiu o Iraque -ao lado da Coréia do Norte e do Irã- no que classificou de "eixo do mal". De acordo com o presidente dos EUA, esses países apóiam terroristas e buscam desenvolver ou adquirir armas de destruição em massa.
Butler disse que os programas iraquianos de desenvolvimento de armas químicas e biológicas continuam sendo financiados pelo governo. Além disso, Saddam poderia estar próximo de construir uma bomba nuclear, ainda de acordo com Butler.
Ele afirmou que, durante a Guerra do Golfo (1991), o Iraque tinha equipamentos e conhecimento para construir uma bomba atômica, mas não possuía o material necessário para fazê-lo.
"A questão agora é saber se o Iraque pôde obter os materiais necessários para fazê-lo. Isso seria possível tanto por meio do enriquecimento de materiais que o país já possuía quanto por meio da compra de materiais de outros países. Por enquanto, não temos a resposta para essa questão", declarou Butler. Seu depoimento não serviu para acalmar os ânimos no Senado.



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