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Peru e Bolívia reduzem plantio ilícito
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A política de erradicação dos
cultivos para a produção de drogas nos países andinos teve, nos
últimos anos, êxito na Bolívia e no
Peru, mas fracassou na Colômbia,
de acordo com o último relatório
da ONU sobre o tema.
A diminuição da produção na
Bolívia e no Peru foi acompanhada de um crescimento de plantações ilegais na Colômbia, o maior
produtor mundial de cocaína e
importante provedor de heroína.
O país possui hoje cerca de 122,5
mil hectares de plantações de coca, 20% a mais que em 1998.
Para cada hectare plantado
(área equivalente a 1,4 campo de
futebol), cerca de 1,45 kg de cocaína pura é obtido.
Segundo estudo realizado pelo
Órgão Internacional de Controle
de Entorpecentes das Nações
Unidas (OICS), a Bolívia possuía,
em 1995, 48 mil hectares de plantação de narcoplantas e passou
para menos de 24 mil hectares em
1999. A produção no Peru caiu de
115.300 hectares existentes em
1995 para menos de 50 mil hectares no final de 1999.
Segundo estudo feito pelo Departamento de Estado dos EUA,
os cultivos ilícitos de coca na região andina foram em grande
parte transferidos para os territórios controlados pela guerrilha e
pelos paramilitares colombianos.
Os narcotraficantes colombianos provêem 90% da cocaína consumida nos EUA e até dois terços
da heroína que chega à Costa Oeste do país. Tendo em vista o aumento da área de cultivo para a
produção de drogas em seu território, o governo de Andrés Pastrana elaborou o Plano Colômbia,
que pretende reduzir, em cinco
anos, em pelo menos 50% o cultivo ilícito no país.
A pesquisadora colombiana
Constanza Ramírez afirma em
seu estudo sobre o narcotráfico
que a presença dos grupos armados em zonas estratégicas para o
cultivo foi mais fortalecida pelo
fato de o Estado colombiano ter
abandonado essas regiões do que
pelo poderio militar dos grupos
armados insurgentes.
Na Bolívia, o presidente, Hugo
Banzer, fez da luta contra a produção ilícita uma das prioridades
de seu governo. Com a drástica
redução da atividade, estima-se
que cerca de US$ 500 milhões deixaram de circular no país.
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