das agências internacionais

Os EUA disseram ontem que os líderes da Indonésia desejam a pacificação de Timor Leste, e se comprometeram a combater grupos antiindependência.
O secretário norte-americano da Defesa, William Cohen, voltou a afirmar, após encontrar o presidente B.J. Habibie, em Jacarta, que a Indonésia deve ajudar a conter a violência. "O governo indonésio deve tomar as medidas necessárias para impedir que esses grupos, em Timor Oeste, lancem ataques pela fronteira."
Cohen se reuniu com o comandante das Forças Armadas da Indonésia, general Wiranto. "Os militares devem mostrar respeito pelos direitos humanos", disse.
A onda de violência começou com a divulgação do resultado do plebiscito de 30 de agosto, em que 78,5% da população votou pela independência em relação à Indonésia. A ex-colônia portuguesa foi invadida pelos indonésios em 1975 e anexada em 1976.
Soldados britânicos prenderam paramilitares antiindependência que mantinham mais de 4.000 civis num porto, e grupos pró-independência entregaram armas às forças de paz.
Ao menos 2.000 pessoas foram às ruas em Jacarta e em outras três cidades para protestar contra a presença das tropas da ONU. Estudantes pediram ainda a aceleração das reformas no país.
Mary Robinson, comissária da ONU para direitos humanos, foi encarregada ontem de investigar atrocidades cometidas em Timor Leste. Ela deve apresentar um relatório até 31 de dezembro.


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