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França nega "carta branca" a EUA
DA REDAÇÃO
O governo da França reafirmou
ontem sua oposição à aprovação
de uma resolução do Conselho de
Segurança da ONU ameaçando o
Iraque com uma ação militar e
advertiu que essa posição poderia
ameaçar a estabilidade internacional. "Não queremos dar uma
carta branca para uma ação militar, porque nós queremos assumir totalmente nossas responsabilidades", afirmou o chanceler
francês, Dominique de Villepin.
A oposição da França, que, ao
lado de EUA, Reino Unido, China
e Rússia, compõe o quinteto de
membros permanentes do CS
(Conselho de Segurança), com
poder de veto sobre suas resoluções, ameaça o desejo americano
de ver aprovada nesta semana
uma resolução contra o Iraque.
Os governos da China e da Rússia também já se manifestaram
contra a aprovação de uma nova
resolução contra o Iraque.
A proposta preliminar de resolução, que os EUA pretendem
apresentar amanhã, prevê "o uso
de todos os meios necessários"
para desarmar o Iraque. Ela também determina um prazo de sete
dias para Bagdá aceitar as demandas da ONU e estabelece o acompanhamento dos inspetores de
armas por guardas armados.
A França propõe a aprovação de
uma resolução determinando o
retorno das inspeções de armas
da ONU. Se o país desrespeitasse
essa resolução, seria proposta
uma outra autorizando uma ação
militar. O porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleischer, admitiu ontem que poderá haver mais de
uma resolução contra o Iraque.
Os EUA vêm intensificando paralelamente o lobby entre os dez
membros não-permanentes do
CS, mas também vem encontrando resistências. "Não achamos
que deve haver nenhuma resolução", afirmou Fayssal Mekdad,
representante da Síria no CS.
Blair
O Partido Trabalhista britânico,
do premiê Tony Blair, aprovou
ontem uma resolução apoiando
um eventual ataque militar ao Iraque, mas só após o esgotamento
de todos os canais diplomáticos.
A margem da votação -60% a
40%- indica que Blair está longe
de conseguir um apoio consensual dentro do partido para sua
posição de principal aliado dos
EUA na crise com o Iraque.
Com agências internacionais
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