São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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Rússia critica ações na zona de exclusão aérea

DA REDAÇÃO

A Rússia criticou ontem os recentes ataques britânicos e americanos contra alvos localizados na zona de exclusão aérea ao sul do Iraque. Moscou disse que essas ações criam "obstáculos" à resolução pacífica da crise.
"A Rússia age com a convicção de que os bombardeios britânicos e americanos não só aprofundam as já complicadas circunstâncias que cercam o Iraque, mas também criam obstáculos no caminho para a busca de uma solução política e diplomática ao problema iraquiano", disse a Chancelaria russa, em comunicado.
No domingo, o governo de Saddam Hussein anunciou que, pela segunda vez em três dias, caças dos EUA haviam atingido um aeroporto civil em Basra, cidade no sul do país. Washington diz ter como objetivo radares e outros alvos militares no local.
Os russos se opõem à tentativa de Washington e Londres de aprovar uma nova resolução mais dura contra Bagdá no Conselho de Segurança da ONU.
Em resposta à crítica russa, autoridades americanas apresentaram ontem uma detalhada defesa de seus ataques aéreos nas zonas de exclusão estabelecidas pela ONU após a Guerra do Golfo (91).
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, afirmou que os bombardeios são uma resposta aos disparos de baterias antiaéreas do Iraque contra aeronaves que monitoram a região.
"A cada míssil disparado contra as tripulações aéreas da coalizão, o Iraque demonstra o seu descaso com as resoluções da ONU", disse. Segundo a cúpula militar dos EUA, as forças de Bagdá já dispararam 67 vezes contra seus aviões desde 16 de setembro.

Custos da guerra
Uma guerra contra o Iraque poderia custar entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões mensais aos cofres dos EUA, segundo relatório preparado pelo Escritório Orçamentário do Congresso americano.
Entre US$ 14 bilhões e US$ 20 bilhões adicionais teriam de ser empreendidos em despesas com os preparativos para uma campanha militar e com as movimentações pós-conflito.


Com agências internacionais


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