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Sob forte segurança, 2.500 assistem a evento
DO ENVIADO A CORAL GABLES
Mais gente que na convenção
do Partido Democrata, menos
que na cerimônia do Oscar. Assim podem ser definidos os bastidores da noite do primeiro de três
debates entre os dois homens que
querem comandar o país mais
poderoso do mundo.
Segundo os organizadores,
2.500 pessoas foram admitidas
para acompanhar o encontro entre Bush e Kerry, a maioria jornalistas americanos. Destes, parte ficou na arena esportiva da Universidade de Miami, rebatizada de
"Salão do Debate", parte ficou
num salão contíguo àquele.
Entre os que estavam no salão
havia cem estudantes da universidade, batizados pela reitora de
"Os Cem Felizardos", que venceram concurso cuja prova era uma
redação com o tema "Democracia
em Ação - Faça seu Voto Contar"
e que só foram comunicados do
feito na noite de anteontem, por
razões de segurança.
Mais ou menos o mesmo tanto
ficaria de fora, no bloqueio policial mais próximo à entrada principal, brandindo bandeiras dos
EUA, gritando slogans, carregando faixas ou distribuindo adesivos com dizeres sarcásticos -o
melhor era "Flush the Johns" (um
trocadilho em inglês com "dê a
descarga" e os primeiros nomes
dos candidatos democratas à presidência e a vice-presidente).
A área em torno da universidade, em Coral Gables, passaria o
resto da noite parada por conta de
bloqueios policiais e do trânsito.
Para chegar ao salão, era preciso
vencer cinco barreiras, comandadas principalmente pelo serviço
secreto americano.
O aparato de segurança era
grande -a Flórida foi usada como base de operação por alguns
dos 19 terroristas do 11 de Setembro-, mas menor que o das convenções democrata e republicana.
A agitação mesmo aconteceu a
poucos quilômetros dali, em Miami, palco de dezenas de festas para acompanhar o debate, batizadas de "Debate Watch Party". A
principal teve lugar no agitado café do Cavalier Hotel, na Ocean
Drive, que mobilizou o Rock-the-Vote, campanha da MTV para
mobilizar os jovens a votar, e a
turma do rapper P. Diddy, cuja
campanha "Citizen Change/ Vote-or-Die" tem grande penetração
entre os jovens negros.
Nos bastidores do debate a temperatura subiu. Minutos antes de
começar o encontro, os jornalistas receberam documento com os
dizeres "Top Secret", e um CD
anexo, batizado de "Bush x Reality". Produzido pela campanha
de Kerry, trazia desmentidos a
frases e afirmações de Bush em
quase quatro anos de mandato.
Segundo Chad Clanton, porta-voz democrata, três atualizações
seriam distribuídas aos jornalistas
e enviadas a blogs políticos durante e ao final do debate.
(SD)
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