São Paulo, segunda-feira, 01 de outubro de 2007

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EUA mudam seus planos e avaliam atacar Irã, diz revista

Alvo deixa de ser usinas e vira Guarda Revolucionária

DA REDAÇÃO

O governo dos EUA mudou sua estratégia em relação ao Irã e planeja possíveis ataques aéreos contra a Guarda Revolucionária, em vez de fazê-los contra usinas nucleares, diz reportagem publicada ontem pela prestigiosa revista "New Yorker". Segundo a revista, Washington acusa o corpo militar de elite do Irã de atacar as forças americanas no Iraque.
Planos anteriores previam o bombardeio de supostas plantas nucleares no Irã, informou a "New Yorker", citando ex-funcionários e consultores do governo não identificados.
Com a mudança de enfoque, Bush e seus assessores passaram a referir-se à Guerra do Iraque como uma "batalha estratégica entre EUA e Irã", afirma o jornalista Seymour Hersh.
No plano estaria previsto usar "mísseis de cruzeiros lançados a partir do mar e ataques terrestres mais precisos, incluindo planos para destruir os campos de treinamento mais importantes, depósitos e centros de comando e controle".
Ainda segundo a revista, o porta-voz do Departamento da Defesa afirmou que o governo Bush está comprometido em encontrar uma solução pacífica para a disputa com o Irã.
O ex-embaixador dos EUA na ONU John Bolton afirmou ontem que fracassaram os esforços dos EUA e do Reino Unido de negociar com o Irã e não vê outra alternativa senão o ataque preventivo às supostas plantas nucleares do país.
"Não acho que o uso de força militar seja uma opção atraente, [...] mas acho que temos que considerar o uso de força militar", disse ele na convenção do Partido Conservador britânico.
O Irã mantém um programa nuclear que, segundo Teerã, visa produzir energia, mas que os EUA e outras potências ocidentais crêem visar a bomba.


Com agências internacionais

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