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Paris e Nova Déli assinam acordo para produção de energia nuclear
Com pacto, França larga na frente dos EUA na disputa por contratos indianos
DA REDAÇÃO
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o premiê indiano, Manmoham Singh, assinaram ontem em Paris um esperado acordo de cooperação nuclear na área civil.
O pacto abre caminho para
que a empresa francesa Areva
comece a fornecer reatores e
combustível para as centrais
nucleares da Índia. A multinacional afirmou que as primeiras vendas de material ao governo indiano devem ocorrer
"nos próximos meses".
Potência emergente, a Índia
importa três quartos da energia
que consome e pretende remediar essa dependência adquirindo pelo menos 40 reatores
nucleares até 2040.
Pronto desde a visita de Sarkozy a Nova Déli, em janeiro, o
acordo só pôde ser formalizado
depois de receber o aval da
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e do Grupo
de Fornecedores Nucleares. Os
dois organismos levantaram
nos últimos meses o embargo
internacional imposto há 34
anos à Índia, país que dispõe de
um arsenal nuclear e vem se recusando a aderir aos tratados
de não-proliferação.
Em troca do sinal verde para
acordos nucleares com outros
países, o governo indiano se
comprometeu a permitir inspeções da AIEA em 14 de seus
22 reatores já em funcionamento na produção de energia.
Com o pacto selado ontem, a
França sai na frente dos concorrentes que disputam os
mais de 100 bilhões que a Índia pretende investir no seu
programa de energia nuclear
nos próximos anos.
Maiores rivais dos franceses
na disputa pelos contratos indianos, os EUA assinaram em
2006 um acordo de cooperação
semelhante, mas o pacto, depois de aprovado pela AIEA e
pelo Grupo de Fornecedores
Nucleares, ainda tramita no
Congresso americano.
O texto foi avalizado sábado
na Câmara dos Representantes
e será submetido hoje ao Senado americano. O líder da maioria democrata, senador Harry
Reid, se disse ontem confiante
em que o acordo será aprovado.
Com agências internacionais
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