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ESTRÉIA
Schroeder reúne-se com o premiê Jospin e o presidente Chirac
Na França, futuro chanceler alemão pede reforma financeira
de Paris
Em sua primeira viagem ao exterior após sua eleição como
chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schroeder apoiou ontem,
em Paris, a proposta de uma reforma das instituições econômicas internacionais -como o
FMI (Fundo Monetário Internacional) - como forma de combater a atual crise que afeta Rússia, Ásia e América Latina.
"Penso muito nessa proposta
porque precisamos controlar
melhor os mercados financeiros", disse Schroeder em entrevista coletiva concedida ao lado
do primeiro-ministro francês,
Lionel Jospin.
A mesma proposta é defendida pelo governo da França. Ontem, aliás, a grande preocupação
tanto de Schroeder quanto de
Jospin e do presidente francês,
Jacques Chirac, foi mostrar que
os dois países estão afinados,
apesar da próxima mudança de
governo na Alemanha.
Schroeder chegou a afirmar
que o conservador Chirac é um
"social-democrata moderado".
"E, a propósito, ele (Chirac) estava muito bem vestido hoje",
brincou.
Mesmo que só tenham sido
discutidas amenidades, a visita
de Schroeder tem seu valor simbólico, segundo explicou Anne-Marie Le Gloannec, pesquisadora especialista em relações franco-alemãs do centro de estudos
históricos e políticos Marc
Bloch, de Berlim.
Le Gloannec disse à Folha que
as relações entre a França e a
Alemanha deverão melhorar
com a eleição de Schroeder.
"Elas se viram abaladas em
1995, quando Chirac substitui o
presidente François Mitterrand,
que se entendia melhor com o
chanceler (que perdeu a eleição)
Helmut Kohl."
(MSg e RA)
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