São Paulo, quinta, 1 de outubro de 1998

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ESTRÉIA
Schroeder reúne-se com o premiê Jospin e o presidente Chirac
Na França, futuro chanceler alemão pede reforma financeira

de Paris

Em sua primeira viagem ao exterior após sua eleição como chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schroeder apoiou ontem, em Paris, a proposta de uma reforma das instituições econômicas internacionais -como o FMI (Fundo Monetário Internacional) - como forma de combater a atual crise que afeta Rússia, Ásia e América Latina.
"Penso muito nessa proposta porque precisamos controlar melhor os mercados financeiros", disse Schroeder em entrevista coletiva concedida ao lado do primeiro-ministro francês, Lionel Jospin.
A mesma proposta é defendida pelo governo da França. Ontem, aliás, a grande preocupação tanto de Schroeder quanto de Jospin e do presidente francês, Jacques Chirac, foi mostrar que os dois países estão afinados, apesar da próxima mudança de governo na Alemanha.
Schroeder chegou a afirmar que o conservador Chirac é um "social-democrata moderado". "E, a propósito, ele (Chirac) estava muito bem vestido hoje", brincou.
Mesmo que só tenham sido discutidas amenidades, a visita de Schroeder tem seu valor simbólico, segundo explicou Anne-Marie Le Gloannec, pesquisadora especialista em relações franco-alemãs do centro de estudos históricos e políticos Marc Bloch, de Berlim.
Le Gloannec disse à Folha que as relações entre a França e a Alemanha deverão melhorar com a eleição de Schroeder.
"Elas se viram abaladas em 1995, quando Chirac substitui o presidente François Mitterrand, que se entendia melhor com o chanceler (que perdeu a eleição) Helmut Kohl." (MSg e RA)


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