São Paulo, Segunda-feira, 01 de Novembro de 1999
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O FILHO MORTO
Carlito detestava a política

de Buenos Aires

O filho de Carlos Menem e Zulema Yoma tinha 26 anos quando morreu. Carlito, como era conhecido, trabalhava com o pai na Presidência. Havia sido nomeado, por decreto, o responsável pela agenda do presidente.
Não gostava da política e dizia que só ficaria no cargo até que Menem realizasse o projeto de reeleger-se presidente no final de 1995. O que de fato o empolgava eram os esportes radicais, principalmente pilotar carros. Ele costumava disputar ralis e se preparava para estrear nas pistas.
Ia de Buenos Aires a Rosário, onde disputaria sua primeira prova, quando morreu. Pilotava seu próprio helicóptero, um Bell Ranger 206, e levava consigo o amigo Silvio Héctor Oltra, também piloto de corrida.
A queda do helicóptero ocorreu às 11h40 do dia 15 de março de 1995, no km 211 da estrada Rota 9, que liga as duas cidades.
Oltra morreu na hora, mas Carlito foi retirado ainda vivo do local. Algumas testemunhas chegaram a dizer que ele falava e se mexia.
Ele foi então levado de ambulância a um hospital público, onde morreu, às 15 horas.
Na manhã daquele dia, Carlito saiu de sua casa logo cedo. Passou pelo apartamento de sua mãe para despedir-se e foi ao encontro dos agentes federais encarregados da sua segurança.
Enquanto ele seguiria de helicóptero, os policiais iriam de carro, acompanhando-o até Rosário. Durante o percurso, entretanto, os carros dos policiais fizeram algumas paradas e, no momento da queda do helicóptero, o mais próximo estava a 20 quilômetros de distância.


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