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O FILHO MORTO
Carlito detestava a política
de Buenos Aires
O filho de Carlos Menem e Zulema Yoma tinha 26 anos quando
morreu. Carlito, como era conhecido, trabalhava com o pai na Presidência. Havia sido nomeado,
por decreto, o responsável pela
agenda do presidente.
Não gostava da política e dizia
que só ficaria no cargo até que
Menem realizasse o projeto de
reeleger-se presidente no final de
1995. O que de fato o empolgava
eram os esportes radicais, principalmente pilotar carros. Ele costumava disputar ralis e se preparava para estrear nas pistas.
Ia de Buenos Aires a Rosário,
onde disputaria sua primeira prova, quando morreu. Pilotava seu
próprio helicóptero, um Bell Ranger 206, e levava consigo o amigo
Silvio Héctor Oltra, também piloto de corrida.
A queda do helicóptero ocorreu
às 11h40 do dia 15 de março de
1995, no km 211 da estrada Rota 9,
que liga as duas cidades.
Oltra morreu na hora, mas Carlito foi retirado ainda vivo do local. Algumas testemunhas chegaram a dizer que ele falava e se mexia.
Ele foi então levado de ambulância a um hospital público, onde morreu, às 15 horas.
Na manhã daquele dia, Carlito
saiu de sua casa logo cedo. Passou
pelo apartamento de sua mãe para despedir-se e foi ao encontro
dos agentes federais encarregados
da sua segurança.
Enquanto ele seguiria de helicóptero, os policiais iriam de carro, acompanhando-o até Rosário.
Durante o percurso, entretanto,
os carros dos policiais fizeram algumas paradas e, no momento da
queda do helicóptero, o mais próximo estava a 20 quilômetros de
distância.
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