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OUTRO LADO
Menem já admite atentado
de Buenos Aires
Há apenas um ano o presidente
argentino, Carlos Menem, passou
a admitir que a morte de seu filho,
Carlito, ocorrida em março de
1995, teria sido causada por um
atentado.
Desde o início, Menem aceitara
a versão oficial de que se tratava
de um acidente.
"As perícias e a insistência da
mãe -todas as mães têm uma intuição impressionante- me fizeram mudar de idéia em relação ao
que eu sustentava no início, quando acreditava ser um acidente",
disse Menem em outubro do ano
passado.
Pela primeira vez, ele concordou publicamente com a tese de
sua ex-mulher, Zulema Yoma,
que desde o início denunciou tratar-se de um atentado.
A perícia a que Menem se referiu foi realizada em 97 pela Gendarmeria Nacional, o órgão mais
indicado para esse fim na Argentina.
O laudo confirmou que foram
encontradas nos restos do helicóptero cinco perfurações de balas e resíduos de metais utilizados
em projéteis.
Apesar disso, o juiz federal da
cidade de San Nícolas, onde caiu o
avião, Carlos Villafuerte Ruzzo,
resolveu arquivar o caso em 18 de
outubro do ano passado e interromper a investigação sobre a
causa da morte.
O juiz, porém, não aceitou a hipótese de atentado.
Concluiu que não existiam elementos para considerar que houve um homicídio e consolidou a
idéia de que o filho do presidente
morreu em um acidente.
Em seu parecer, o juiz escreveu
que o laudo "menciona o termo
projétil, mas não se refere a armas
de fogo".
(VA)
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