São Paulo, Segunda-feira, 01 de Novembro de 1999
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OUTRO LADO
Menem já admite atentado

de Buenos Aires

Há apenas um ano o presidente argentino, Carlos Menem, passou a admitir que a morte de seu filho, Carlito, ocorrida em março de 1995, teria sido causada por um atentado.
Desde o início, Menem aceitara a versão oficial de que se tratava de um acidente.
"As perícias e a insistência da mãe -todas as mães têm uma intuição impressionante- me fizeram mudar de idéia em relação ao que eu sustentava no início, quando acreditava ser um acidente", disse Menem em outubro do ano passado.
Pela primeira vez, ele concordou publicamente com a tese de sua ex-mulher, Zulema Yoma, que desde o início denunciou tratar-se de um atentado.
A perícia a que Menem se referiu foi realizada em 97 pela Gendarmeria Nacional, o órgão mais indicado para esse fim na Argentina.
O laudo confirmou que foram encontradas nos restos do helicóptero cinco perfurações de balas e resíduos de metais utilizados em projéteis.
Apesar disso, o juiz federal da cidade de San Nícolas, onde caiu o avião, Carlos Villafuerte Ruzzo, resolveu arquivar o caso em 18 de outubro do ano passado e interromper a investigação sobre a causa da morte.
O juiz, porém, não aceitou a hipótese de atentado.
Concluiu que não existiam elementos para considerar que houve um homicídio e consolidou a idéia de que o filho do presidente morreu em um acidente.
Em seu parecer, o juiz escreveu que o laudo "menciona o termo projétil, mas não se refere a armas de fogo". (VA)


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