São Paulo, Segunda-feira, 01 de Novembro de 1999
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ANÁLISE
Esquerdista buscará centro

do enviado especial

O segundo turno das eleições presidenciais uruguaias, em 28 de novembro, será "disputadíssimo", com os candidatos Vázquez e Batlle revendo suas campanhas para atrair mais eleitores, na opinião do analista político Agustin Canzani, diretor do instituto de pesquisa Equipos/Mori.
Ele não arrisca previsões sobre quem será o vencedor.
Se Vázquez ganhar, prevê que o candidato das esquerdas deverá caminhar para o centro, pois não terá maioria em nenhuma das casas do Congresso, que teve eleições ontem também.
O sistema legislativo uruguaio exige maiorias qualificadas de dois terços para aprovar leis importantes e nomeações dos diretores das principais estatais.
Mas Canzani acredita ser mais provável que, num eventual governo Vázquez, as alianças com outras forças políticas sejam pontuais, não estáveis, por causa das diferenças ideológicas e programáticas que o separam da maioria de centro-direita dos parlamentares blancos e colorados.
Caso Batlle vença, deverá fazer acordos com os blancos para manter a coalizão que sustenta o atual governo Sanguinetti.
Mas a situação não será a mesma de hoje.
"Uma coisa é governar com uma oposição de esquerda que teve cerca de 30% nas urnas. Outra é governar quando ela possivelmente terá mais de 40% dos votos (no segundo turno)", afirma Canzani. (SM)


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