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ANÁLISE
Esquerdista
buscará centro
do enviado especial
O segundo turno das eleições
presidenciais uruguaias, em 28 de
novembro, será "disputadíssimo", com os candidatos Vázquez
e Batlle revendo suas campanhas
para atrair mais eleitores, na opinião do analista político Agustin
Canzani, diretor do instituto de
pesquisa Equipos/Mori.
Ele não arrisca previsões sobre
quem será o vencedor.
Se Vázquez ganhar, prevê que o
candidato das esquerdas deverá
caminhar para o centro, pois não
terá maioria em nenhuma das casas do Congresso, que teve eleições ontem também.
O sistema legislativo uruguaio
exige maiorias qualificadas de
dois terços para aprovar leis importantes e nomeações dos diretores das principais estatais.
Mas Canzani acredita ser mais
provável que, num eventual governo Vázquez, as alianças com
outras forças políticas sejam pontuais, não estáveis, por causa das
diferenças ideológicas e programáticas que o separam da maioria de centro-direita dos parlamentares blancos e colorados.
Caso Batlle vença, deverá fazer
acordos com os blancos para
manter a coalizão que sustenta o
atual governo Sanguinetti.
Mas a situação não será a mesma de hoje.
"Uma coisa é governar com
uma oposição de esquerda que teve cerca de 30% nas urnas. Outra
é governar quando ela possivelmente terá mais de 40% dos votos
(no segundo turno)", afirma Canzani.
(SM)
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