São Paulo, Segunda-feira, 01 de Novembro de 1999
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ESQUERDA NO PODER?
Vice elogia o Mercosul

do enviado especial

O senador Rodolfo Nin Novoa é o candidato a vice-presidente de Tabaré Vázquez e a face mais moderada da coalizão de esquerda Frente Ampla-Encontro Progressista. Ex-membro do conservador Partido Nacional (ou blanco), ele não crê que uma vitória de Vázquez no segundo turno abale o Mercosul. (SM)

Folha - Se eleito, Tabaré Vázquez será o presidente mais à esquerda dos países do Mercosul desde a sua fundação. Como isso afetará o bloco?
Rodolfo Nin -
Não creio que o afete. Nosso programa não é marxista nem socialista. É a síntese da expressão de muitos partidos políticos que integram a esquerda e a centro-esquerda do Uruguai. É um programa progressista, com um tom social-democrata, que, creio, está relacionado com o processo de crescimento da esquerda no Chile e na Argentina.

Folha - Um governo de esquerda será mais protecionista?
Nin -
Não. Respeitamos o Mercosul. É um instrumento válido de desenvolvimento, e gostaríamos de estendê-lo a outros lugares da América Latina.
Mas devemos nos proteger de outros blocos, que às vezes competem de forma desleal. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai têm um destino comum e devem assinar tratados de complementaridade industrial para que suas populações tenham mais oportunidades.


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