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General da linha dura é chamado para a Defesa
DA REDAÇÃO
O premiê israelense, Ariel
Sharon, convidou ontem um
ex-comandante linha-dura do
Exército para o posto de ministro da Defesa, deixado vago
após o fim de sua aliança com
os trabalhistas.
Sharon, que terá de compor
um governo de direita ou convocar eleições antecipadas, escolheu Shaul Mofaz para o cargo. Mofaz encabeçou as forças
israelenses durante a maior
parte do conflito com os palestinos e defendia a expulsão do
presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser
Arafat. Ele pediu alguns dias
para pensar no convite, mas estaria propenso a aceitá-lo.
A manobra do premiê é um
indício de que pode tentar governar cercado de nacionalistas
e religiosos contrários ao diálogo com os palestinos e defensores da expansão dos assentamentos judaicos na faixa de
Gaza e na Cisjordânia.
Arafat disse que o convite a
Mofaz é um mal presságio para
o futuro do conflito no Oriente
Médio: "Mofaz de um lado,
[Moshe] Ya'alon do outro e
Sharon sobre eles -o que você
imagina que acontecerá na região?"
Moshe Ya'alon, vice de Mofaz que assumiu o comando
das Forças Armadas em julho,
segue a linha de seu predecessor: acredita no uso da força
militar como a melhor maneira
de encerrar o levante palestino
iniciado em setembro de 2000.
Sharon, que, sem os votos do
Partido Trabalhista, tem agora
apenas 55 deputados na coalizão (de um total de 120), começou a negociar a adesão ao governo da coligação de extrema
direita União Nacional-Israel
Beitenu (sete deputados).
Eles poderiam garantir a Sharon a maioria que necessita para governar e derrotar as moções de desconfiança da oposição -a primeira delas será votada na segunda-feira.
Com agências internacionais
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