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AMÉRICA DO SUL
Eleições foram adiadas indefinidamente
Presidente da Bolívia deve propor decreto para apagar crise eleitoral
DA REDAÇÃO
O presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez, deve apresentar até
amanhã um decreto sobre a redistribuição de cotas parlamentares
caso o Congresso não destrave até
lá o impasse sobre o tema, que já
dura cinco semanas e provocou o
adiamento por tempo indefinido
das eleições gerais -antes previstas para 4 de dezembro.
Segundo fontes políticas, o decreto já foi acordado com os principais candidatos à Presidência e
tem o respaldo de setores da sociedade civil.
Com isso, de acordo com a Corte Nacional Eleitoral, poderá ser
possível remarcar as eleições para
uma data entre 11 e 18 de dezembro. Além de presidente e vice, serão eleitos deputados, senadores e
prefeitos dos departamentos.
Ontem, comitês cívicos (grupos
político-empresariais) das diferentes regiões tentavam fechar
um acordo de última hora. O
Congresso volta a se reunir hoje.
"Está claro para o governo que
não podemos esperar que o processo eleitoral venha abaixo", disse Jorge Lazarte, delegado presidencial para assuntos políticos, à
agência de notícias France Presse.
A polêmica teve início com uma
decisão do Tribunal Constitucional determinando a redistribuição das vagas no Congresso com
base no novo levantamento populacional. O tribunal, porém,
não fixou as cotas, o que gerou
uma disputa entre os departamentos por poder político.
Isso porque a nova configuração servirá de base para formar
uma Assembléia Constituinte no
ano que vem -quando serão discutidos temas polêmicos, como as
autonomias regionais e a nacionalização dos hidrocarbonetos.
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