São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AMÉRICA DO SUL

Eleições foram adiadas indefinidamente

Presidente da Bolívia deve propor decreto para apagar crise eleitoral

DA REDAÇÃO

O presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez, deve apresentar até amanhã um decreto sobre a redistribuição de cotas parlamentares caso o Congresso não destrave até lá o impasse sobre o tema, que já dura cinco semanas e provocou o adiamento por tempo indefinido das eleições gerais -antes previstas para 4 de dezembro.
Segundo fontes políticas, o decreto já foi acordado com os principais candidatos à Presidência e tem o respaldo de setores da sociedade civil.
Com isso, de acordo com a Corte Nacional Eleitoral, poderá ser possível remarcar as eleições para uma data entre 11 e 18 de dezembro. Além de presidente e vice, serão eleitos deputados, senadores e prefeitos dos departamentos.
Ontem, comitês cívicos (grupos político-empresariais) das diferentes regiões tentavam fechar um acordo de última hora. O Congresso volta a se reunir hoje.
"Está claro para o governo que não podemos esperar que o processo eleitoral venha abaixo", disse Jorge Lazarte, delegado presidencial para assuntos políticos, à agência de notícias France Presse.
A polêmica teve início com uma decisão do Tribunal Constitucional determinando a redistribuição das vagas no Congresso com base no novo levantamento populacional. O tribunal, porém, não fixou as cotas, o que gerou uma disputa entre os departamentos por poder político.
Isso porque a nova configuração servirá de base para formar uma Assembléia Constituinte no ano que vem -quando serão discutidos temas polêmicos, como as autonomias regionais e a nacionalização dos hidrocarbonetos.


Texto Anterior: Religião: Igreja pagará mais US$ 22 mi para vítimas de abuso sexual nos EUA
Próximo Texto: História: Pretexto do Vietnã foi forjado, diz pesquisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.