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Voto será
plebiscitário
de Nova York
Para os consultores políticos
Norman Adler e Joseph Mercurio,
que trabalharam nas campanhas
democrata e republicana, respectivamente, o voto da próxima terça-feira será plebiscitário.
Ambos concordam que o eleitor
estará escolhendo seu representante de acordo com o julgamento
feito sobre o presidente Clinton.
"O voto vai mostrar se ele deplora a conduta moral do presidente
ou se deplora as críticas que têm sido feitas a Clinton", disse o marqueteiro republicano.
Os dois participaram de um debate com a imprensa anteontem,
em Nova York.
Mercurio defendeu a ofensiva republicana, que colocou na TV, na
última semana, uma série de comerciais políticos explorando o
caso Lewinsky.
"O melhor conselho político que
você pode dar é para que o candidato fale a mesma língua que seus
eleitores. O que mais os norte-americanos estão falando, a não
ser em Clinton e Monica?", argumentou. Para Adler, os eleitores
estão falando em "crescimento
econômico, em prosperidade e em
oportunidades".
Os dois concordaram que a campanha foi fraca em debates e, até o
momento, não empolgou muito os
eleitores. Também concordaram
que o caso Lewinsky pode dar sangue novo à corrida.
"Debates políticos estão fadados
ao extermínio. Eles só têm serventia se empolgam a mídia, pois passam a ser falados. Como não empolgaram, não adianta os candidatos se submeterem a uma maratona de perguntas por duas horas. É
melhor uma propaganda na televisão de apenas 30 segundos", afirmou Adler.
Para ambos, ainda é cedo para
apontar tendências para as eleições presidenciais do ano 2000. A
avaliação dos analistas, que trabalham em campanhas há 20 anos,
sempre de lados antagônicos, é de
que dificilmente Clinton sofrerá
um processo de impeachment.
Obviamente, ambos discordam
de prognósticos para a eleição. Cada lado acha que poderá ganhar
mais cadeiras.
(MaD)
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