São Paulo, domingo, 1 de novembro de 1998

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Voto será plebiscitário

de Nova York

Para os consultores políticos Norman Adler e Joseph Mercurio, que trabalharam nas campanhas democrata e republicana, respectivamente, o voto da próxima terça-feira será plebiscitário.
Ambos concordam que o eleitor estará escolhendo seu representante de acordo com o julgamento feito sobre o presidente Clinton.
"O voto vai mostrar se ele deplora a conduta moral do presidente ou se deplora as críticas que têm sido feitas a Clinton", disse o marqueteiro republicano.
Os dois participaram de um debate com a imprensa anteontem, em Nova York.
Mercurio defendeu a ofensiva republicana, que colocou na TV, na última semana, uma série de comerciais políticos explorando o caso Lewinsky.
"O melhor conselho político que você pode dar é para que o candidato fale a mesma língua que seus eleitores. O que mais os norte-americanos estão falando, a não ser em Clinton e Monica?", argumentou. Para Adler, os eleitores estão falando em "crescimento econômico, em prosperidade e em oportunidades".
Os dois concordaram que a campanha foi fraca em debates e, até o momento, não empolgou muito os eleitores. Também concordaram que o caso Lewinsky pode dar sangue novo à corrida.
"Debates políticos estão fadados ao extermínio. Eles só têm serventia se empolgam a mídia, pois passam a ser falados. Como não empolgaram, não adianta os candidatos se submeterem a uma maratona de perguntas por duas horas. É melhor uma propaganda na televisão de apenas 30 segundos", afirmou Adler.
Para ambos, ainda é cedo para apontar tendências para as eleições presidenciais do ano 2000. A avaliação dos analistas, que trabalham em campanhas há 20 anos, sempre de lados antagônicos, é de que dificilmente Clinton sofrerá um processo de impeachment.
Obviamente, ambos discordam de prognósticos para a eleição. Cada lado acha que poderá ganhar mais cadeiras. (MaD)



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