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IRAQUE OCUPADO
Insurgentes realizaram emboscadas coordenadas em Tikrit; em outro episódio, dois sul-coreanos morreram
Reação americana mata 46 iraquianos
DA REDAÇÃO
Forças americanas mataram 46
iraquianos e capturaram outros
oito ao reagirem, ontem, a uma
série de emboscadas contra veículos militares dos EUA em Tikrit
(noroeste do Iraque), a cidade natal de Saddam Hussein.
As ações ocorreram em mais
um dia de ataques contra cidadãos de países que apóiam a ofensiva dos EUA no Iraque. Dois sul-coreanos foram mortos ontem.
Um dia antes, sete agentes de inteligência espanhóis, dois diplomatas japoneses e um civil colombiano a serviço dos EUA foram vítimas de insurgentes iraquianos.
Segundo os militares americanos, as emboscadas contra comboios dos EUA foram coordenadas e ocorreram simultaneamente em locais muito próximos uns
dos outros. Os iraquianos utilizaram nos ataques morteiros, granadas e revólveres.
Três prédios utilizados pelos insurgentes para atacar os comboios dos EUA foram destruídos
na reação americana.
O comando dos EUA se negou a
comentar se as emboscadas têm
relação com as que alvejaram cidadãos estrangeiros.
Ataques contra estrangeiros
Dois sul-coreanos foram mortos quando o carro em que viajavam foi alvo de disparos em Tikrit. As ações contra estrangeiros
reacenderam os temores de que
cidadãos de países que apóiam a
ocupação americana no Iraque
sejam alvos de novos ataques.
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, afirmou ontem que não espera que os aliados
americanos mudem de idéia por
causa dos recentes atentados.
Porém a oposição nesses países
ao envio e à manutenção de tropas no Iraque deve crescer com as
imagens de jovens iraquianos celebrando o atentado contra os
agentes espanhóis.
O premiê espanhol, José María
Aznar, disse ontem que vai manter as suas tropas no Iraque, apesar das pressões internas na Espanha para que elas sejam retiradas.
"Estamos onde devíamos estar.
Uma retirada é o pior dos caminhos possíveis", disse Aznar.
Comentando as mortes dos dois
japoneses no sábado, o premiê do
Japão, Junichiro Koizumi, disse
ontem: "O Japão não pode se render ao terrorismo. Continuaremos firmes com as nossas responsabilidades humanitárias e de reconstrução. Não há mudança sobre isso". A Coréia do Sul não se
pronunciou sobre as mortes de
seus cidadãos.
Com as mortes deste fim de semana -dois soldados americanos foram mortos no sábado-,
novembro terminou sendo o mês
mais violento para as forças de
ocupação desde que Saddam foi
derrubado, em abril. As forças estrangeiras também sofreram
muitas baixas no mês passado.
No início do mês, uma base militar da Itália em Nassiriah foi alvo
de um ataque no qual morreram
19 italianos.
Com agências internacionais
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