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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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IRAQUE OCUPADO

Insurgentes realizaram emboscadas coordenadas em Tikrit; em outro episódio, dois sul-coreanos morreram

Reação americana mata 46 iraquianos

DA REDAÇÃO

Forças americanas mataram 46 iraquianos e capturaram outros oito ao reagirem, ontem, a uma série de emboscadas contra veículos militares dos EUA em Tikrit (noroeste do Iraque), a cidade natal de Saddam Hussein.
As ações ocorreram em mais um dia de ataques contra cidadãos de países que apóiam a ofensiva dos EUA no Iraque. Dois sul-coreanos foram mortos ontem. Um dia antes, sete agentes de inteligência espanhóis, dois diplomatas japoneses e um civil colombiano a serviço dos EUA foram vítimas de insurgentes iraquianos.
Segundo os militares americanos, as emboscadas contra comboios dos EUA foram coordenadas e ocorreram simultaneamente em locais muito próximos uns dos outros. Os iraquianos utilizaram nos ataques morteiros, granadas e revólveres.
Três prédios utilizados pelos insurgentes para atacar os comboios dos EUA foram destruídos na reação americana.
O comando dos EUA se negou a comentar se as emboscadas têm relação com as que alvejaram cidadãos estrangeiros.

Ataques contra estrangeiros
Dois sul-coreanos foram mortos quando o carro em que viajavam foi alvo de disparos em Tikrit. As ações contra estrangeiros reacenderam os temores de que cidadãos de países que apóiam a ocupação americana no Iraque sejam alvos de novos ataques.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, afirmou ontem que não espera que os aliados americanos mudem de idéia por causa dos recentes atentados.
Porém a oposição nesses países ao envio e à manutenção de tropas no Iraque deve crescer com as imagens de jovens iraquianos celebrando o atentado contra os agentes espanhóis.
O premiê espanhol, José María Aznar, disse ontem que vai manter as suas tropas no Iraque, apesar das pressões internas na Espanha para que elas sejam retiradas. "Estamos onde devíamos estar. Uma retirada é o pior dos caminhos possíveis", disse Aznar.
Comentando as mortes dos dois japoneses no sábado, o premiê do Japão, Junichiro Koizumi, disse ontem: "O Japão não pode se render ao terrorismo. Continuaremos firmes com as nossas responsabilidades humanitárias e de reconstrução. Não há mudança sobre isso". A Coréia do Sul não se pronunciou sobre as mortes de seus cidadãos.
Com as mortes deste fim de semana -dois soldados americanos foram mortos no sábado-, novembro terminou sendo o mês mais violento para as forças de ocupação desde que Saddam foi derrubado, em abril. As forças estrangeiras também sofreram muitas baixas no mês passado. No início do mês, uma base militar da Itália em Nassiriah foi alvo de um ataque no qual morreram 19 italianos.


Com agências internacionais


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