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ORIENTE MÉDIO
Arafat envia delegação palestina; para Sharon, plano é subversivo
Acordo de Genebra é lançado hoje
DA REDAÇÃO
Membros da Autoridade Nacional Palestina (ANP) concordaram em participar da cerimônia
hoje em Genebra (Suíça) que lançará uma iniciativa de paz simbólica para o Oriente Médio. Pouco
antes, os palestinos haviam ameaçado cancelar a sua participação.
Dois ministros e um parlamentar palestinos disseram que decidiram comparecer depois que receberam o sinal verde do presidente da ANP, Iasser Arafat. "Dissemos que não iríamos sem uma
autorização. Agora nós a temos",
disse o ministro Qadoura Fares.
Inicialmente Arafat havia recusado dar uma autorização escrita.
Fares vai a Genebra com o ministro Hisham Abdel Razek e o legislador Khatem Abdel Khader, todos membros do Fatah, o grupo
político de Arafat. O conselheiro
de segurança nacional palestino
Jibril Rajoub deverá juntar-se à
delegação a pedido de Arafat.
A ausência de membros da ANP
teria enfraquecido o impacto do
Acordo de Genebra, que não tem
caráter oficial. Ele apenas pretende mostrar que um entendimento
entre israelenses e palestinos é
possível. O acordo, "negociado"
por palestinos moderados e
membros da oposição israelense,
traz entendimentos sobre pontos
polêmicos -como o estatuto de
Jerusalém e o "direito de retorno"
de refugiados palestinos- bem
como sobre as fronteiras entre os
dois Estados.
O premiê israelense, Ariel Sharon, qualifica o acordo como
"subversivo" e diz que os políticos
da oposição que nele trabalharam
não tinham o direito de fazer concessões no nome de Israel.
Pelo lado israelense, estarão em
Genebra Yossi Beilin e Yael Dayan - filha do general Moshe Dayan- que participaram da negociação do acordo e acabam de formar um novo partido social-democrata chamado Yaad.
Arafat manifestou simpatia pelo
plano, mas não lhe deu aprovação
formal. Nos últimos dias, setores
de linha dura do Fatah fizeram
críticas ao acordo. Disseram que
as concessões previstas prejudicariam futuras negociações.
Cúpula
Sharon rejeitou ontem a exigência de seu homólogo palestino,
Ahmed Korei, de suspender a
construção da polêmica barreira
que corta a Cisjordânia como
condição para aceitar conversações diretas. Apesar disso, continuam os esforços para tornar
possível uma cúpula entre Sharon
e Korei. O ministro palestino Saeb
Erekat reuniu-se ontem com o
chefe de gabinete de Sharon, Dov
Weisglass, para acertar a agenda.
Com agências internacionais
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