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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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SAÚDE

Meta é tratar 3 milhões de portadores do vírus até 2005

No Dia Mundial de Luta contra a Aids, OMS lança nova campanha

29.nov.2003/France Presse
Bono abraça Mandela em show pela Aids na Cidade do Cabo


DA REDAÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unaids (Programa das Nações Unidas para a Aids) anunciam hoje, Dia Mundial de Luta contra a Aids, o lançamento de uma campanha para simplificar a distribuição dos remédios e melhorar a eficácia do tratamento da doença. A meta é fornecer tratamento a 3 milhões de portadores do vírus HIV até 2005.
A organização estima que 6 milhões de pessoas no mundo necessitem de tratamento imediato, e a estratégia é que a terapia contra a Aids seja dada à metade dos infectados nos próximos anos. Atualmente menos de 400 mil infectados recebem a droga anti-retroviral para combater a doença.
"A vida de milhões de pessoas está em jogo. Essa estratégia exige esforço maciço e não-convencional para que elas continuem vivas", afirmou o diretor-geral da OMS, Jong-wook Lee.
Especialistas dizem que com tratamento simplificado e terapia combinada os portadores do vírus da Aids tomarão apenas duas pílulas por dia, diferentemente do que ocorre em programas nos países ricos, no qual são ingeridos oito ou mais tipos de droga.
A terapia combinada deve afetar o setor farmacêutico: empresas multinacionais têm sido impedidas, por restrições de patente, de produzir pílulas combinadas. Esse tipo de preocupação não é compartilhado pelos fabricantes de genéricos.
Mais de 40 milhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo vírus da Aids. Em 2003, a doença matou mais de 3 milhões de pessoas -8.000 vítimas por dia-, segundo relatório da Unaids divulgado na semana passada.
O custo estimado da campanha é de US$ 5,5 bilhões, e Lee diz que as contribuições para os fundos virão de várias fontes, até mesmo dos países pobres. Em janeiro, o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou um plano de ajuda de US$ 15 bilhões em cinco anos para combater a Aids.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse acreditar que muitos líderes políticos ainda não dão a devida importância para combater a doença, que já matou 28 milhões de pessoas desde que foi identificada, em 1981.

Com agências internacionais


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