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VENEZUELA
Líder quer reunião com observadores internacionais
Chávez acusa a oposição de preparar megafraude em coleta de assinaturas
DA REDAÇÃO
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou ontem a oposição de preparar uma "megafraude" na campanha de coleta de assinaturas para convocar um referendo que poderá tirá-lo do poder
antes do fim do mandato.
Ontem, no terceiro dos quatro
dias de coleta, milhares de venezuelanos assinaram as planilhas
eleitorais. A oposição precisa reunir até hoje 2,4 milhões de assinaturas -20% do eleitorado- para
convocar o plebiscito.
"Creio que há elementos surgindo que tendem a macular o
processo... sob qualquer ângulo,
parece haver a tentativa de promover uma megafraude", disse
Chávez à TV estatal enquanto era
aplaudido por apoiadores num
mercado no centro de Caracas.
O líder venezuelano disse que
tentaria se encontrar com observadores internacionais para discutir as alegações de fraude. As
observações do presidente levantam dúvidas em relação à sua disposição de acatar um resultado
que não lhe seja favorável.
Até aqui, observadores internacionais e o Conselho Nacional
Eleitoral (CNE), que valida o processo, não corroboram as denúncias de fraude.
O CNE tem cerca de 30 dias para
verificar a validade das assinaturas antes de decidir pela convocação ou não do referendo, provavelmente em abril, para encurtar
o mandato de Chávez, que, em
princípio, termina em 2006.
Nas regiões mais pobres de Caracas, onde o apoio a Chávez é
forte, foi pequeno o comparecimento aos centros de coleta. Mas
líderes da oposição dizem que, em
alguns lugares, faltaram planilhas
para as assinaturas.
Pequenos incidentes marcaram
o terceiro dia de assinaturas. Autoridades venezuelanas determinaram o fechamento de aeroportos privados para evitar ataques
de helicópteros. Três pessoas foram detidas, duas delas portando
granadas perto de centros de coleta de assinaturas.
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