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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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VENEZUELA

Líder quer reunião com observadores internacionais

Chávez acusa a oposição de preparar megafraude em coleta de assinaturas

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou ontem a oposição de preparar uma "megafraude" na campanha de coleta de assinaturas para convocar um referendo que poderá tirá-lo do poder antes do fim do mandato.
Ontem, no terceiro dos quatro dias de coleta, milhares de venezuelanos assinaram as planilhas eleitorais. A oposição precisa reunir até hoje 2,4 milhões de assinaturas -20% do eleitorado- para convocar o plebiscito.
"Creio que há elementos surgindo que tendem a macular o processo... sob qualquer ângulo, parece haver a tentativa de promover uma megafraude", disse Chávez à TV estatal enquanto era aplaudido por apoiadores num mercado no centro de Caracas.
O líder venezuelano disse que tentaria se encontrar com observadores internacionais para discutir as alegações de fraude. As observações do presidente levantam dúvidas em relação à sua disposição de acatar um resultado que não lhe seja favorável.
Até aqui, observadores internacionais e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que valida o processo, não corroboram as denúncias de fraude.
O CNE tem cerca de 30 dias para verificar a validade das assinaturas antes de decidir pela convocação ou não do referendo, provavelmente em abril, para encurtar o mandato de Chávez, que, em princípio, termina em 2006.
Nas regiões mais pobres de Caracas, onde o apoio a Chávez é forte, foi pequeno o comparecimento aos centros de coleta. Mas líderes da oposição dizem que, em alguns lugares, faltaram planilhas para as assinaturas.
Pequenos incidentes marcaram o terceiro dia de assinaturas. Autoridades venezuelanas determinaram o fechamento de aeroportos privados para evitar ataques de helicópteros. Três pessoas foram detidas, duas delas portando granadas perto de centros de coleta de assinaturas.



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