DA REDAÇÃO

Organizações de defesa dos direitos humanos expressaram satisfação com a libertação de dissidentes nos últimos dois dias, mas exigiram que o governo de Fidel Castro solte todos os cubanos presos em abril de 2003.
"A libertação desses presos políticos é uma medida bem-vinda, mas muitos outros permanecem encarcerados, em violação de seus direitos fundamentais", disse José Miguel Vivanco, diretor da seção Américas da Human Rights Watch. "Pedimos que as autoridades cubanas soltem todos eles."
As libertações dos últimos dias elevaram para 12 o número de dissidentes soltos que faziam parte do grupo original de 75 presos e condenados a sentenças de seis a 28 anos de prisão em abril de 2003. Todos foram soltos por razões de saúde.
Vivanco criticou o fato de que os presos políticos receberam apenas liberdade condicional, deixando aberta a possibilidade de o governo voltar a prendê-los. "É uma forma de intimidá-los no exercício de seus direitos fundamentais."
A Human Rights Watch alertou sobre o fato de que outros dissidentes continuam a serem julgados e condenados por atividades políticas legítimas. Em setembro, o presidente do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba, René Montes de Oca, foi condenado a oito meses de prisão pelo crime de "desacato".