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Grupo sugerirá corte de tropas no Iraque
Em relatório a ser entregue quarta, comissão bipartidária recomendará que Bush retire de 45 mil a 75 mil soldados a partir de 2007
Texto pede política mais agressiva no Oriente Médio, com atuação de Irã e Síria; versão final une propostas democratas e republicanas
Ali Jarekji/Reuters
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Maliki e Bush dão entrevista em Amã (Jordânia); depois de texto crítico, americano chamou premiê iraquiano de "líder forte"
DO "NEW YORK TIMES"
O Grupo de Estudos do Iraque recomendará ao presidente dos EUA, George W. Bush, a
retirada gradual de 15 brigadas
de combate -de 45 mil a 75 mil
soldados americanos- que estão no Iraque. Mas a comissão
bipartidária não fixará um cronograma definitivo para sua retirada, segundo envolvidos.
Aprovado por unanimidade
pelos dez membros da comissão liderada pelo ex-secretário
de Estado republicano James
Baker e pelo ex-congressista
democrata Lee Hamilton, o relatório final do grupo deverá
ser entregue a Bush na próxima
quarta. O documento é um
meio-termo das propostas debatidas pelo grupo desde março, evitando um cronograma
específico, ao qual Bush se
opõe, mas deixando claro que o
compromisso das tropas americanas não deve ser ilimitado.
As recomendações do grupo,
formado a pedido de membros
do Congresso, não serão obrigatoriamente seguidas.
Saída começa em 2007
O relatório sugere que Bush
deixe claro que pretende iniciar
a retirada das tropas num prazo
relativamente curto -a mensagem implícita é que o processo
deve começar no próximo ano.
Mas não diz se as 15 brigadas,
que formam a maior parte das
forças de combate americanas
no Iraque, voltarão aos EUA ou
se serão apenas afastadas para
bases no Iraque ou em países
vizinhos. A partir dessas bases,
elas ainda seriam responsáveis
por proteger um número substancial de tropas americanas
que permaneceriam no país.
Além disso, o grupo recomenda que os EUA formulem
uma iniciativa diplomática
bem mais agressiva no Oriente
Médio do que Bush tem se mostrado disposto a tentar até agora, incluindo o início de conversações diretas com Irã e Síria.
Inicialmente esses contatos
poderiam se dar em uma conferência regional sobre o Iraque
ou questões mais amplas de paz
no Oriente Médio, como a situação israelo-palestina, mas
eles acabariam por envolver
conversações diretas e de alto
nível com Teerã e Damasco.
Até agora, Bush rejeitou esses
contatos, bem como a retirada.
Embora a estratégia diplomática ocupe a maior parte do
relatório, foram as recomendações militares que provocaram
a maior discussão, segundo
fontes. Estas disseram que o relatório preliminar entrou em
choque com outro, circulado
por democratas da comissão,
que inclui um cronograma explícito para a retirada das brigadas até o fim de 2007. No texto final, as duas propostas foram misturadas.
Se Bush adotar as recomendações, muito mais equipes
americanas de treinamento
vão acompanhar as forças iraquianas, num último esforço
para tornar o Exército iraquiano mais capaz de combater sozinho. Esse é um passo que já
tinha sido defendido pelo assessor de segurança nacional
de Bush, Stephen Hadley.
"Acho que todos ficaram satisfeitos com nossas conclusões", comentou uma pessoa
envolvida nas discussões. "Elas
não são nem "fuja agora", nem
"mantenha o rumo atual'".
Tradução de CLARA ALLAIN
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