São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Governo admite falta de verba para ambiente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O governo peruano admite que os US$ 17 milhões já reservados para amenizar os impactos ambientais da rodovia são insuficientes. Dow Seiner, diretor-executivo do Programa para a Gestão Ambiental e Social dos Impactos do Corredor Viário Interoceânica Sul, disse que o dinheiro é pouco para cobrir os nove projetos elaborados pelo Inrena, o Ibama peruano.
Seiner calcula que o programa todo exigiria, aproximadamente, US$ 150 milhões. O governo tem pouco mais de 10%.
Somado aos US$ 11 milhões reunidos pela construtora Odebrecht para um projeto próprio, totalizam US$ 28 milhões (18,67%), pouco para a ambição do governo.
Sobre as críticas de que o programa ignora os impactos indiretos da estrada, Seiner afirma que "os efeitos não são indiretos". Ele explica que os problemas apontados já existiam antes do início das obras, mas reconhece que se agravarão e devem ser combatidos.
O trabalho coordenado por Seiner está na fase de estudos e levantamento de informações. Os objetivos principais são possibilitar a criação de novas áreas de proteção, que sejam mais bem definidas, e regulamentar o sistema de concessão de terras, ainda informal.
O uso incorreto das terras e dos rios é grande na região, e a fiscalização escassa, afirma Seiner. A Folha não encontrou nenhum fiscal do Inrena em todo o percurso.
Apesar de o programa ter sido lançado há mais de um ano, só agora o dinheiro foi liberado.
A previsão é de que a etapa de estudos vá até o início de 2009. Só então medidas práticas começarão de fato. (KB)


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