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Governo admite falta de verba para ambiente
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governo peruano admite
que os US$ 17 milhões já reservados para amenizar os impactos ambientais da rodovia são
insuficientes. Dow Seiner, diretor-executivo do Programa para a Gestão Ambiental e Social
dos Impactos do Corredor Viário Interoceânica Sul, disse que
o dinheiro é pouco para cobrir
os nove projetos elaborados pelo Inrena, o Ibama peruano.
Seiner calcula que o programa todo exigiria, aproximadamente, US$ 150 milhões. O governo tem pouco mais de 10%.
Somado aos US$ 11 milhões
reunidos pela construtora Odebrecht para um projeto próprio, totalizam US$ 28 milhões
(18,67%), pouco para a ambição
do governo.
Sobre as críticas de que o
programa ignora os impactos
indiretos da estrada, Seiner
afirma que "os efeitos não são
indiretos". Ele explica que os
problemas apontados já existiam antes do início das obras,
mas reconhece que se agravarão e devem ser combatidos.
O trabalho coordenado por
Seiner está na fase de estudos e
levantamento de informações.
Os objetivos principais são possibilitar a criação de novas
áreas de proteção, que sejam
mais bem definidas, e regulamentar o sistema de concessão
de terras, ainda informal.
O uso incorreto das terras e
dos rios é grande na região, e a
fiscalização escassa, afirma Seiner. A Folha não encontrou
nenhum fiscal do Inrena em
todo o percurso.
Apesar de o programa ter sido lançado há mais de um ano,
só agora o dinheiro foi liberado.
A previsão é de que a etapa
de estudos vá até o início de
2009. Só então medidas práticas começarão de fato.
(KB)
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