São Paulo, quinta-feira, 02 de janeiro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Eles são acusados de incitar o fim de Israel

Comitê eleitoral veta candidatura de dois deputados árabes em Israel

DA REDAÇÃO

A comissão eleitoral israelense, em Jerusalém, cassou, nas últimas 48 horas, a candidatura de dois deputados árabes-israelenses, acusados de incitar a destruição de Israel. Eles não poderão disputar a eleição do próximo dia 28.
As decisão foi criticada por Michael Heshin, presidente da comissão, controlada pela direita nacionalista. "Foi um passo na direção do apartheid, ao menos no nível político", disse Azmi Bishara, um dos deputados atingidos. O outro é Ahmed Tibi.
Israel tem 6,6 milhões de habitantes, entre eles uma minoria árabe de mais de 18%, que dispõe atualmente de dez deputados entre os 120 do Parlamento.
Enquanto isso, o premiê Ariel Sharon enfrenta crise em seu partido, o Likud. Ele teve de demitir a vice-ministra Naomi Blumenthal, acusada de comprar votos de convencionais para obter sua candidatura ao Parlamento.

Mortes
Soldados israelenses mataram ontem três palestinos que supostamente tentavam se infiltrar num assentamento judaico.
Segundo porta-vozes israelenses, as vítimas não obedeceram quando receberam ordens de recuar e foram mortas por suas "maneiras suspeitas".
Com o incidente, nas imediações da colônia de Elei Sinai, ao norte de Gaza, chegam a oito os palestinos mortos em 48 horas.
O conflito foi ontem mencionado por João Paulo 2º em homilia na Basílica de São Pedro. Ele apelou para o fim da violência "fratricida e desprovida de sentido".


Com agências internacionais


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